Apesar do apelo feito nesta quarta-feira pelo ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, a greve dos docentes das instituições federais de
ensino superior prossegue nesta quinta-feira. De acordo com o Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o
apelo do ministro dá ainda mais visibilidade à paralisação. "A coletiva
do ministro mostra que ele reconhece a força da nossa greve”, disse a
presidente do Andes-SN, Marina Barbosa. Segundo o mais recente levantamento, 41 universidades federais e três
institutos federais de educação aderiram à greve e, portanto, estão sem
aula. Além disso, a partir da próxima segunda-feira, as federais de
Santa Maria (UFSM) e da Grande Dourados (UFGD) vão aderir à paralisação.
"Ao contrário do que disse o ministro, o movimento dos professores não
foi precipitado, estamos presentes em todos os espaços de negociação
desde 2010, apresentando propostas e cobrando respostas do governo", diz
Barbosa.
Também na segunda-feira o Andes realizará uma reunião no Ministério do
Planejamento, onde apresentará suas reivindicações. Os professores pedem
um plano de reestruturação da carreira, que teria sido prometido pelo
governo federal para março deste ano. Entre as reivindicações, está a
redução de níveis de remuneração (de 17 para 13), variação de 5% entre
os níveis e um salário mínimo para a carreira de 2.329,35 reais
referente a 20 horas semanais (atualmente, esse valor é de 1.597,92
reais). Os professores pedem também melhores condições de trabalho e
infraestrutura. Na tarde da quarta-feira, Mercadante comparou os problemas de infraestrutura vividos por universidades federais
às "dores do parto". Além de minimizar os problemas estruturais, o
ministro afirmou que, do ponto de vista das questões salarial e de
carreira, não há razões para a paralisação dos docentes. "Não me lembro
de nenhuma greve semelhante, sem razão de ser", disse.
A argumentação do ministro toma como base um acordo firmado entre o MEC
e as entidades de professores universitários no final do ano passado. O
documento previa reajuste de 4% nos salários a partir de março de 2012,
incorporação de gratificações aos salários e a apresentação, até março
passado, de um novo plano de carreira que passaria a valer em 2013.
Estava acordada ainda a aprovação de um projeto de lei que autoriza o
Ministério da Educação a contratar docentes para dar suporte à expansão
da rede de ensino. A tramitação do projeto de lei está atrasada no Congresso. Ele foi
aprovado na Câmara, mas ainda precisa ser votado no Senado. Mercadante
disse que vem pedindo celeridade aos parlamentares.
O reajuste salarial
também está atrasado devido aos trâmites no Congresso. Foi preciso que o
governo editasse uma medida provisória nesta semana para garantir o
aumento, que sairá em junho, retroativo a março. Sobre a formulação do plano de carreira, o ministro explicou que a
morte de um funcionário do Ministério do Planejamento que liderava as
negociações, o secretário de recursos humanos Duvanier Paiva Ferreira,
atrasou os procedimentos. Duvanier morreu em janeiro após sofrer um
infarto. "O atraso não traz nenhum prejuízo material para os docentes
porque estamos tratando de uma nova carreira para 2013", disse.
No discurso
dos títulos a baciadas, Lula afirmou que chegou ao governo com 6 milhões
de universitários e que, hoje, eles serim 12 milhões. Mentira! Segundo o
Censo Universitário, no fim de 2010, assinado por Haddad, havia 6,37
milhões de estudantes no terceiro grau — 14,7% estão na modalidade
“ensino à distância”...
Disse ter criado novas universidades federais. Mentira também! Deve
chegar, no máximo, à metade. Algumas “universidades novas” são campi
avançados ou divisão de instituições anteriores. Em 2010, as
universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes A MENOS do
que em… 2004! As
universidades federais brasileiras mais incharam do que cresceram. Lula e
Haddad foram criando alguns puxadinhos e puxadões Brasil afora, sem
oferecer as condições mínimas necessárias para um ensino de qualidade.
As mentiras têm sido reproduzidas por aí, com base em releases
distribuídos por assessorias de comunicação. É chegada a hora de visitar os campi
dessas novas “universidades federais” criadas por Lula e Haddad e saber
como funcionam. Vamos ver como estão seus laboratórios, bibliotecas e
salas de aula, conhecendo também os docentes, seu regime de trabalho e
sua qualificação intelectual e técnica.
Já conhecemos os milagres de Lula. Agora só falta conhecermos a verdade.
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