Maioria dos aprovados no ITA é do CE
A cidade que lidera a lista dos aprovados no vestibular deste ano do
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) é Fortaleza. Das 120 vagas
oferecidas, 43 (35,5%) foram conquistadas por alunos da capital
cearense, todos de escolas particulares, como 7 de Setembro, Ari de Sá e
Farias Brito. No total foram inscritos 7.285 candidatos, sendo 3.708 não optantes
pela carreira militar, 2.496 optantes pela carreira militar e 1.081
treineiros. De Fortaleza se inscreveram 782 candidatos, sendo 633 homens
e 149 mulheres. Somente duas foram aprovadas. A segunda cidade com mais convocados foi São José dos Campos, no
interior de São Paulo, onde fica o instituto, com 41 candidatos (34,5%). O instituto que forma a elite da engenharia nacional tem um dos vestibulares mais difíceis do País. Os convocados devem se apresentar à sede do ITA às 10h do dia 20 de janeiro.
Veja também:
Pela primeira vez uma mulher é a mais bem colocada no IME
Adriana Nunes, de Fortaleza, é exemplo da força da cidade nas seleções militares.
A cearense Adriana Nunes Sales Lima, de 19 anos, conseguiu quebrar um tabu que já durava 15 anos: ser a primeira mulher a conquistar a maior pontuação geral (ativa e reserva) no vestibular do Instituto Militar de Engenharia (IME). Só a partir de 1996 as meninas foram aceitas na instituição. Ela, que também foi aprovada para o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, é um exemplo do sucesso que Fortaleza vem alcançando nas seleções mais difíceis do Brasil. No ITA, um terço dos aprovados vieram da cidade. No IME, esse número foi de 28%.
As notas de Adriana são impressionantes. Em matemática, ela ficou com 9, em física, 9,2, e em química, 9,9. Ao contrário da maioria dos estudantes, ela reconhece que sua maior dificuldade é português, em que ficou com 7,9. A rotina para conseguir o resultado expressivo foi bastante puxada. "Do meu colégio, 17 pessoas foram aprovadas só para o ITA. Durante o último ano, eu estudei de segunda à sexta, de 7h às 22h. No sábado, fazia simulados e depois continuava estudando com amigos. Só no domingo é que descansava um pouco, mas não parava totalmente. Desde o início do ensino médio eu queria os militares. Meu objetivo era engenharia e soube que eram as melhores instituições. Mas realmente não esperava o primeiro lugar", conta Adriana.
O diretor do Colégio Farias Brito, em Fortaleza, onde Adriana estudou, Tales de Sá Cavalcante, diz que a menina sempre teve muito potencial e foi uma ótima aluna. Ele atribui o resultado expressivo dos colégios da capital cearense a intensa competição entre eles por resultados. "Começamos o investimento na preparação para os militares há uns 15 anos e depois outras escolas também fizeram esse trabalho. Nossa participação é muito expressiva nas olimpíadas escolares, principalmente na área de exatas. Até o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, me perguntou em uma solenidade qual era o nosso segredo" afirma o diretor.
No ITA, a segunda cidade que mais aprovou alunos foi São José dos Campos, município que é a sede do instituto e tradicionalmente possui altas taxas de aprovação. O custo de vida na cidade mais baixo do que no Rio pesou na escolha de Adriana, que, apesar do primeiro lugar, trocou a Praia Vermelha pelo interior paulista. Apesar do orgulho, a família já sente saudade, que será um pouco amenizada pelos amigos.
A cearense Adriana Nunes Sales Lima, de 19 anos, conseguiu quebrar um tabu que já durava 15 anos: ser a primeira mulher a conquistar a maior pontuação geral (ativa e reserva) no vestibular do Instituto Militar de Engenharia (IME). Só a partir de 1996 as meninas foram aceitas na instituição. Ela, que também foi aprovada para o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, é um exemplo do sucesso que Fortaleza vem alcançando nas seleções mais difíceis do Brasil. No ITA, um terço dos aprovados vieram da cidade. No IME, esse número foi de 28%.
As notas de Adriana são impressionantes. Em matemática, ela ficou com 9, em física, 9,2, e em química, 9,9. Ao contrário da maioria dos estudantes, ela reconhece que sua maior dificuldade é português, em que ficou com 7,9. A rotina para conseguir o resultado expressivo foi bastante puxada. "Do meu colégio, 17 pessoas foram aprovadas só para o ITA. Durante o último ano, eu estudei de segunda à sexta, de 7h às 22h. No sábado, fazia simulados e depois continuava estudando com amigos. Só no domingo é que descansava um pouco, mas não parava totalmente. Desde o início do ensino médio eu queria os militares. Meu objetivo era engenharia e soube que eram as melhores instituições. Mas realmente não esperava o primeiro lugar", conta Adriana.
O diretor do Colégio Farias Brito, em Fortaleza, onde Adriana estudou, Tales de Sá Cavalcante, diz que a menina sempre teve muito potencial e foi uma ótima aluna. Ele atribui o resultado expressivo dos colégios da capital cearense a intensa competição entre eles por resultados. "Começamos o investimento na preparação para os militares há uns 15 anos e depois outras escolas também fizeram esse trabalho. Nossa participação é muito expressiva nas olimpíadas escolares, principalmente na área de exatas. Até o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, me perguntou em uma solenidade qual era o nosso segredo" afirma o diretor.
No ITA, a segunda cidade que mais aprovou alunos foi São José dos Campos, município que é a sede do instituto e tradicionalmente possui altas taxas de aprovação. O custo de vida na cidade mais baixo do que no Rio pesou na escolha de Adriana, que, apesar do primeiro lugar, trocou a Praia Vermelha pelo interior paulista. Apesar do orgulho, a família já sente saudade, que será um pouco amenizada pelos amigos.
0 comentários:
Postar um comentário