Para Piaget, a criança adquire conhecimentos por meio da interação sobre os objetos e pelas experiências congnitivas concretas. As crianças constroem seu conhecimento por meio da socialização com o mundo que a cerca. Segundo o teórico, o desenvolvimento intelectual se dá pelas seguintes fases:
- Sensório - motor (0 - 2 anos): Neste estágio, a criança explora o mundo por meio dos sentidos. Ela precisa tocar e provar o mundo. O bebê apresenta inteligência, mesmo sem linguagem. A criança não usa a fala e sim usa as ações, o corpo. Por isso que falamos que é uma inteligência sensório, porque usa os sentidos: olfato, paladar, tato, visão e audição. Também está ligada aos movimentos: inteligência motora. Nesse estágio é importante que a criança perceba que está rodeada de objetos e é por meio da interferência social que saberá perceber. As brincadeiras com os pais como esconde - esconde ajudam a criança a ter a noção de objeto. Com isso a criança irá contruir a noção do eu e de objeto. Também nesse estágio a criança adquire a noção de causalidade, percebe que o pensamento depende da ação.
- Pré - operatório (2 - 7 anos): Este estágio se subdivide em estágio egocêntrico (2 a 4 anos) e estágio intuitivo (5 a 7). Nessa fase aparece a função simbólica, onde as crianças começam a representar objetos por meio de símbolos. Por isso que este estágio é também chamado de estágio da Inteligência Simbólica. Caracteriza-se, principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor). A criança deste estágio é egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro; não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês"); já pode agir por simulação, "como se"; possui percepção global sem discriminar detalhes e deixa-se levar pela aparência sem relacionar fatos. Como exemplo dessa representação simbólica, uma cadeira empurrada, pode estar sendo porque a criança pode estar imitando um carro.
- Operatório - concreto (7 a 11 anos): Para chegar a soluções de problemas concretos, a criança já consegue usar a lógica, porém sua dificuldade aumenta quando se trata de lidar com problemas não concretos. A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade).
- Operatório - formal (12 anos em diante): O pensamento lógico já consegue ser aplicado a todos os problemas que surgem. Piaget enfatiza que o desenvolvimento das operações mentais depende de um meio repleto de estímulos. A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade. Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
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