Palavras de Cortesia
Por Vânia Maria do Nascimento Duarte
Mediante nossas relações interpessoais, as palavras de cortesia representam uma necessidade com a qual compartilhamos cotidianamente: sermos bem tratados onde quer que estejamos. Tal fato representa para nós um direito. Em contrapartida, devemos considerá-lo como um dever? Certamente que sim, haja vista que esse relacionamento deve ser demarcado por uma relação de reciprocidade. Assim, um “muito obrigado”, “com licença”, “por favor”, “desculpe-me”, “volte sempre” faz toda a diferença, não é verdade? O uso das palavras de cortesia, além de revelar atitudes gentis por parte de quem as profere, ainda abre “portas” com mais facilidade, se precisarmos pedir um favor a alguém, por exemplo.
Enfim, o objetivo desse artigo é analisar os fatores linguísticos inerentes a tais expressões. Sendo assim, ocupemo-nos em analisar alguns casos:
Pedimos-lhe, por obséquio, que aguarde somente mais uns instantes.
O termo ora em destaque confere mais polidez à enunciação, tanto em se tratando da modalidade oral quanto da escrita. Nesta última, percebemos que uma característica que o demarca é o fato de ele aparecer entre vírgulas.
Gostaríamos muito de contar com a sua ajuda na ornamentação do pátio.
O emprego do futuro do pretérito, uma vez expresso pela forma verbal “gostaríamos”, suaviza a mensagem mediante o intento expresso por alguém em solicitar a presença de um pessoa, em vez de “ordenar que ela venha, que ela participe”.
Outra forma que também se constitui de tal aspecto é representada pelo verbo querer, usado no presente do subjuntivo, transformando o que por vezes poderia parecer uma ordem num pedido elegante, harmonioso. Observe:
Prezados colaboradores, queiram comparecer à reunião, pois trataremos de assuntos importantes.
Queira dar licença, pois o barulho está atrapalhando os pacientes que precisam descansar.
Queiram aguardar mais alguns instantes, em breve serão atendidos.
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