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25 de janeiro de 2010

Material escolar - Um dos primeiros grandes vilões do orçamento doméstico anual

10 maneiras de economizar no material escolar
"O ano mal começou, os presentes de Natal ainda estão sendo pagos e você já tem novas compras a fazer: o material escolar. Para quem tem filhos, o material didático é uma despesa obrigatória no mês de janeiro. As escolas costumam enviar as listas de livros e de outros materiais, como cadernos, cola, tesoura, borracha. Há famílias que pegam a lista, vão até uma livraria ou papelaria e compram tudo ali mesmo. Mas o que muitos pais não sabem é que a compra do material nem sempre precisa representar um rombo no orçamento familiar.

"É claro que a Educação dos filhos deve ser prioridade para os pais, mas nem por isso é preciso gastar exageradamente com o material escolar", afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor dos livros "O Menino do Dinheiro" e "Terapia Financeira". De acordo com ele, há diversas maneiras de economizar - e muito - na hora de adquirir o material que crianças e adolescentes usarão ao longo do ano na escola. Antes de ir às compras, confira abaixo dez dicas para diminuir os gastos com livros, cadernos e mochilas nesse início de ano."
Confira as dicas clicando aqui

21 de janeiro de 2010

Uma educação sem rumo, sem compromissos e que gera em última análise o analfabeto funcional

Desenvolvimento educacional do Brasil é pior do que o de Paraguai, Equador e Bolívia , diz relatório da Unesco

"O relatório Educação para Todos, divulgado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) mostra que a baixa qualidade do ensino nas escolas brasileiras ainda deixa milhares de crianças para trás e é diretamente responsável por manter o país na 88ª posição no Índice de Desenvolvimento Educacional (IDE), atrás de países mais pobres como Paraguai, Equador e Bolívia. Em 2000, mais de 160 países assinaram o compromisso Educação para Todos, que previa o cumprimento de seis metas incluindo a universalização do ensino fundamental, a redução da taxa de analfabetismo e a melhoria da qualidade do ensino. (Leia mais: Maioria dos jovens não cursa o ensino médio)
A Noruega lidera o ranking da Unesco. Ela e mais 60 países estão no grupo daqueles que já cumpriram ou estão perto de atingir todos os objetivos firmados no compromisso.
Ao analisar o cumprimento das quatro principais metas estabelecidas pela Unesco, constata-se que o Brasil tem um bom desempenho no que se refere à alfabetização, ao acesso ao ensino fundamental e à igualdade de gênero. Mas tem um baixo desempenho quando se analisa o percentual de alunos que conseguem passar do 5° ano do ensino fundamental.
O relatório aponta que o Brasil apresenta alta repetência e baixos índices de conclusão da educação básica. Na região da América Latina e Caribe, a taxa de repetência média para todas as séries do ensino fundamental é de 4,4%. Mas no Brasil, o índice é de 18, 7% - o maior de todos os países da região."
Fonte: O Globo

17 de janeiro de 2010

Dificuldades de aprendizagem - uma abordagem

Neste momento em que nos deparamos com a volta às aulas, faz-se primordial a análise do tema abaixo exposto, que de forma suscinta foi apresentado pela professora Jussara, no texto que transcrevi na íntegra. Gostaria de indicar a leitura atenta do livro Dificuldades de Aprendizagem de A a Z, de Corinne Smith e Lisa Strick, da editora Artmed e tradução de Dayse Batista. Um livro de cabeceira para profissionais da educação interessados em apresentar soluções e contribuir para o crescimento pessoal dos educandos.

Dificuldades de Aprendizagem

Por Jussara de Barros (*)
A área da educação nem sempre é cercada somente por sucessos e aprovações. Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são rotulados pela própria família, professores e colegas.
É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo.
As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado.
A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
- Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras conseqüentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.
- Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem seqüências lógicas e outros. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.
- Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.
- Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como conseqüência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.
- TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que trás consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.
Professores podem ser os mais importantes no processo de identificação e descoberta desses problemas, porém não possuem formação específica para fazer tais diagnósticos, que devem ser feitos por médicos, psicólogos e psicopedagogos. O papel do professor se restringe em observar o aluno e auxiliar o seu processo de aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas e dinâmicas, não rotulando o aluno, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir suas potencialidades.
(*) Graduada em Pedagogia - Equipe Brasil Escola

16 de janeiro de 2010

Um eufemismo: O Haiti é aqui


Em um blog que se destina a falar sobre educação, falar sobre Haiti e sobre o terremoto que lá vitimou milhares é no mínimo fugir da pauta. Mas tenho que escrever alguma coisa, como mulher de militar que sou e como brasileira indignada com os passos suicidas que estamos dando como povo, rumo ao abismo. Não vou falar aqui no endeusamento conferido à médica Zilda Arns, que mereceu as homenagens que o reconhecimento ao seu trabalho humanista lhe conferiu. Vou falar aqui no pouco caso que a imprensa teve com nossos militares falecidos, com os feridos e com os desaparecidos.

Em troca de migalhas financeiras e de uma valorização profissional que possibilite chegar um pouco menos atrasado que o colega que não vai ao exterior, centenas de profissionais das Forças Armadas já se destinaram ao Haiti, para vivenciar algo que suas energias e seu amor à Pátria aqui dentro de nossas fronteiras poderia propiciar, em função das precárias condições de segurança e infraestrutura que caracterizam nosso país. Deixarei de lado julgar o fato inequívoco de que nada, mas absolutamente nada temos de laços históricos e culturais com aquele país.

Pois bem, servindo de polícia e coordenando a melhoria da qualidade dos serviços haitianos, nossos Oficiais e Praças estão há anos no Haiti e pelo visto de lá não sairão tão cedo. O fato, porém, é que com o terremoto que vitimou milhares na última semana, 14 militares brasileiros morreram e 4 estão desaparecidos, sem contar os vários feridos, alguns em estado grave. O que estavam nossos bravos agentes do Estado Brasileiro fazendo tão longe de sua terra natal, do aconchego de esposa, filhos, pais? Várias outras perguntas graves calam agora no meu peito, mas duas são inevitáveis.

A primeira: Zilda Arns já foi trasladada, sepultada e enterrada. Cogita-se pela CNBB que seja canonizada. Nada contra, afinal seu currículo de desprendimento e trabalho pela vida a transformaram em um ser humano exemplar, por mais que ainda não tenha obrado milagres. Ainda. Por que nossos 14 heróis ainda não foram enviados para serem regados pelas lágrimas de seus entes queridos? Burocracia? Indenização? Embaixada que desmoronou?

Segunda pergunta: Nelson Jobim, ministro da defesa, promovido a curandeiro-mór, compareceu ao local da catástrofe no dia posterior e trouxe aos familiares dos desaparecidos, esperançosos até então, a certeza de que estavam mortos, sem ao menos seus corpos terem sido localizados. Para tal, além da ausência de sensibilidade e de respeito pela dor alheia, usou o conceito de eufemismo. Segundo ele, a relação entre desaparecido e morto é medida pelo eufemismo, que é uma figura de linguagem usada para suavizar uma expressão. Atrevo-me então a formular uma terceira pergunta, eu que tão cedo não quero ficar viúva: Seria um eufemismo afirmar que o Haiti é aqui?

10 de janeiro de 2010

Menina de 5 anos é raptada, violentada e morta em Fortaleza - um alerta aos pais

Das inúmeras coisas absurdas que já vi na vida, li algo neste fim de semana que me chocou, não só a mim, mas também à minha família. Em Fortaleza, capital do Ceará, uma menina de apenas 5 anos foi raptada por um maníaco, quando por um descuido da mãe a criança foi deixada brincando com outras na porta de uma igreja, durante a realização de uma missa. Como fica fácil de depreender, a menina teria como destino a violência sexual.

O corpo da menina Alanis Maria Laurindo de Oliveira foi achado em um terreno baldio na noite de sexta-feira, molestado sexualmente, com sinais de estrangulamento e com um traumatismo craniano. Como o caso gerou uma comoção na sociedade cearense, vários policiais civis e militares se voluntariaram para ajudar a desvendar o caso, que tudo indica já ter sido solucionado, visto que um suspeito já foi identificado, tendo negado a autoria e imputado a iniciativa do assassinato ao irmão. Detalhe: os dois já são fichados nos sistemas prisionais por estupro.

O fim desse caso chocante todos já sabemos. Um ser indefeso teve a vida abruptamente finalizada por um ser completamente despreparado para viver em sociedade, que será julgado com brandura por leis penais adequadas ao paraíso e se sobreviver ao sistema carcerário, em menos de 10 anos estará livre por intermédio dos redutores de pena e estará em condições de novamente cessar a vida de outros seres inocentes, que por fatalidade cruzarem seus imundos caminhos.

Um alerta aos pais e à sociedade: Vimemos, certamente, em um país diferente do que nos acolheu em nossas infâncias, fruto do afrouxamento moral de uma constituição que conferiu direitos tão somente. Filtremos, portanto, o círculo de relacionamento de nossos filhos, conheçamos a vida pregressa dos prestadores de serviço e de todos aqueles que deles se aproximarem, por força de nossas necessidades e de nossas impossibilidades. E jamais, jamais mesmo descuidemos de vigiá-los, pois a vocação dos direitos humanos em nosso país cada vez mais se faz no sentido de proteger os sociopatas. Descanse em paz, Alanis e que Deus nos conceda Sua infinita misericórdia!!!

Volta às aulas - a recepção aos novos e velhos alunos

Boas-vindas bem planejadas


A acolhida nos primeiros dias de aula é fundamental para estabelecer o vínculo do aluno com a escola

Depois de planejar com a equipe gestora, os docentes e os funcionários como será o ano na sua escola, reserve um período da semana pedagógica para organizar a recepção dos alunos na primeira semana de aula. Os professores já terão informações sobre as turmas para as quais darão aulas e isso certamente ajudará nas relações que se estabelecerão no início do ano letivo. Com todo o grupo, pense nos detalhes que farão com que os alunos se sintam acolhidos e formem (ou fortaleçam) os laços afetivos com a escola condição importante para que a aprendizagem aconteça. A seguir, uma pauta para você discutir com a equipe:


1. Organização das salas

Antes de os alunos chegarem, combine com professores e funcionários a maneira como a sala de aula deve estar organizada. No primeiro dia, as formações circulares facilitam a integração e por isso são mais indicadas do que fileiras (que não favorecem a socialização). Nas salas da Educação Infantil, aconselha-se a organizar cantos de brincadeiras (veja exemplos no vídeo Ateliê de Entrada) - para ajudar a entreter as crianças antes que a turma esteja completa e também já iniciando um processo de socialização e aprendizagem. A coordenação pedagógica, junto com os professores de cada turma, poderá decidir quais cantos são mais interessantes para as diversas faixas etárias.

2. Recepção

Decidam em conjunto o local em que cada um receberá os alunos. A sugestão é que a equipe gestora fique no portão para cumprimentar não somente as crianças e os jovens mas também os pais que costumam acompanhar os filhos à escola. Os professores podem esperar pelos alunos na porta da sala de aula. Combine com os funcionários de apoio que eles se posicionem nos corredores e em locais em que possam ajudar a informar a localização de cada classe ou ainda orientar sobre o caminho para os banheiros, o bebedouro etc. e outras dúvidas que os estudantes possam ter.

3. Apresentação em sala de aula

Reflita com os professores sobre a importância de apresentar os novos alunos aos demais antes do início dos trabalhos. Peça aos docentes que estimulem a criança a falar um pouco sobre ele mesmo, seu histórico e sua relação com os estudos. Depois, todos podem contar o que fizeram durante as férias. Os professores podem contribuir dando ideias para organizar esse momento e apresentar maneiras de fazer isso. Exemplos: cada aluno pode contar sobre algo que aprendeu nas férias, um lugar que visitou, uma história que leu ou assistiu. Entre os mais velhos, também é interessante falar dos planos que têm para o ano, o que pode incluir um curso ou uma atividade extra ou estudar para o vestibular.

4. Tutoria dos veteranos

É comum que os alunos novos demorem um pouco para se enturmar com um grupo já formado. Para facilitar esse período, adote um sistema de tutoria em que um colega da turma que já estuda na escola há mais tempo mostre ao novato todos os departamentos, o acompanhe e oriente em relação aos procedimentos da escola e tire suas dúvidas. Esse acompanhamento pode variar de uma semana a um mês. Algumas escolas marcam o início das aulas para os novatos um ou dois dias depois do início oficial das aulas. Nesses dias, o professor dá informações sobre o novo colega que vai chegar (nome, de onde ele vem, o que fazem os pais etc.) e escolhe o aluno que fará a tutoria. Em instituições em que há grêmio estudantil, essa recepção pode ser feita por um membro da entidade.

5. Primeiro contato com cada setor

Reforce também a importância dos funcionários de apoio e administrativos serem receptivos com todos e especialmente solícitos com quem ainda não conhece as dependências e rotina da unidade. Estude a hipótese de a classe do primeiro ano - em que todos devem ser novos - fazer uma excursão pela escola com paradas em cada setor para que um responsável da área explique o funcionamento da cantina, da biblioteca, da secretaria, etc. Algumas escolas marcam o início das aulas em dias diferentes para cada três ou quatro turmas para que todos os funcionários deem atenção a chegada de todos.

6. Aulas inaugurais diferenciadas

As primeiras aulas devem apresentar os conteúdos que serão trabalhados durante um período (bimestre, trimestre ou semestre), de acordo com o que foi planejado na semana pedagógica. Uma maneira de apresentar os projetos que serão desenvolvidos é mostrar à turma os trabalhos feitos sobre o tema em anos anteriores. Ao coordenador pedagógico, cabe orientar os professores para que façam uma avaliação inicial antes de introduzir cada conteúdo. As perguntas, quando bem elaboradas, além de dar uma noção precisa do que cada aluno sabe sobre o tema e de que ponto os professores podem avançar, servem para despertar a curiosidade e dar uma prévia do que as crianças aprenderão durante o projeto.

7. Regras bem compreendidas

Decida com a equipe, também no final da semana pedagógica, quem apresentará o estatuto da escola - e como - e em que momentos serão feitos os combinados entre professores e alunos. O próprio diretor pode ter essa função. Para isso, ele precisará ir de sala em sala, se apresentando, dando as boas vindas e explicando algumas regras de convivência já em vigor - que devem ser transmitidas de forma que os alunos entendam porque elas existem. Uma sugestão é partir dos direitos de cada um para os deveres de todos. Por exemplo: todo estudante tem direito a material didático de qualidade, para isso cada um deve cuidar bem dos livros que usará naquele ano para que eles possam ser reutilizados no próximo. É importante gastar alguns minutos com o assunto logo nos primeiros dias de aula, antes que as situações em que caberia o uso de determinadas regras ocorram. Com as regras gerais conhecidas, cada professor pode organizar com a uma turma os combinados internos. Para isso é preciso ouvir os alunos e sistematizar as discussões, chegando a normas internas para cada grupo.

Fonte: Nova Escola

7 de janeiro de 2010

Mérito educacional - uma visão ajuizada do tapetão vigente

Aprovação escolar sem mérito


Por Içami Tiba (*)

O que mais fere um professor digno é ter que aprovar um aluno que não mereça. Mas por que o professor tem que aprovar aluno não merecedor?

Porque o professor é pressionado pelos governos, donos da escola, diretoria/supervisor de ensino/coordenador de área, pais do aluno não merecedor, insultuoso excesso de trabalho, aviltante salário, falta de condições adequadas de atualização do processo ensino/aprendizagem, mercantilização do ensino, falta de respeito/reconhecimento e abuso dos alunos, destruição do sonho ao abraçar a carreira de professor, que maltratam sua alma pela destruição de sua auto-estima.

Professores do ensino público foram guilhotinados nas suas funções de ensino/aprendizagem quando se viram obrigados a aprovar todos os estudantes por uma lei que proibia a reprovação a não ser pelas faltas às aulas. Esta lei ficou conhecida como "aprovação automática". Aprender ou não deixou de ser significativo e o aluno era simplesmente aprovado. Os "beneficiados" por esta lei estão constatando pela sua vida prática o quanto foram prejudicados, pois o mercado de trabalho não emprega quem não tem competência, que é o que os alunos deixaram de adquirir ao não aprender o necessário para merecer um diploma. São formados até pelo ensino médio, mas são analfabetos funcionais.

Muitos donos de escola autodenominam-se como mantenedores. Pelo Houaiss, mantenedor é aquele que mantém, sustenta, defende, protege e vem da palavra espanhola mantener, que significa "manter, prover de alimento". Hoje, muitos mantenedores têm suas escolas como fontes de renda. Mensalidades pagas pelos alunos mantêm e 'alimentam' a escola. Uma escola privada que não gere renda torna-se financeiramente inviável e é fechada ou vendida. Os alunos como clientes de lojas "sempre têm razão". Basta reclamarem ou brigarem com um professor para ameaçarem procurar outra escola. O docente, num episódio como esse, pode ser advertido, punido ou até mesmo despedido pelo mantenedor. Esquecem-se os mantenedores escolares que os alunos geralmente estão pouco interessados em aprender e muito menos em estudar e querem ser aprovados. A maioria dos professores acaba sendo atropelada pelos interesses financeiros dos mantenedores. Os verdadeiros mantenedores são empresas, ONGs, instituições beneficentes que realmente sustentam escolas cujos alunos nada ou pouco pagam para estudar e aprender.

Quando surgem conflitos entre professores e alunos, a maioria dos diretores, supervisores e coordenadores de ensino acaba atendendo mais aos interesses dos alunos que ao currículo programático e os interesses pedagógicos. Eles temem pais querelantes que ameaçam denunciar e até processar a escola e seus funcionários para superproteger, mesmo que indevidamente, os seus filhinhos, verdadeiros príncipes herdeiros. As maiores vítimas das agressões nas escolas são os professores, o elo mais frágil da educação, quando deveria ser o mais forte, pois eles representam a escola na educação. 20% das agressões aos professores vêm diretamente dos pais.

Pais que vêm questionar por que o seu inocente filho está sendo perseguido por algum professor desalmado ou implorar para que o seu esforçado filho não repita de ano por causa de um único pontinho na nota. Esses pais estão financiando o despreparo e a má formação do seu filho quando assim o fazem. Professores são representantes sociais que os alunos têm que aprender a respeitar. Os filhos não podem cuspir no prato que comem e os alunos não podem maltratar os professores que os capacitam para a vida.

Quais foram os sonhos e as pretensões que alimentaram os professores quando jovens, para que eles resolvessem abraçar o magistério? Na sua etimologia, o Houaiss traz: lat. magisterìum,ìi 'dignidade, ofício de chefe; meio de curar, tratamento'. Mas a prática e os sistemas de educação no Brasil tiraram do docente a sua alma generosa, digna e necessária à formação dos futuros cidadãos, e colocaram no lugar a falta do reconhecimento, a impotência, a pobreza, a dificuldade e/ou impossibilidade de atualização na sua carreira e a desrealização do seu ofício, quando lhe tiraram a competência de avaliar se o aluno merece ou não ser aprovado.

Fonte: UOL Educação

(*) Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 25 livros.

4 de janeiro de 2010

Teóricos da educação - Jean Piaget - Parte 2



Jean Piaget nasceu no dia 09 de agosto de 1896, na cidade de Neuchâtel, Suíça. Filho de um professor de literatura e de uma doméstica, desde cedo mostrou interesse pela ciência. Aos 22 anos durante sua vida acadêmica, tornou-se Doutor pela Universidade de Neuchâtel e posteriormente se mudou para Zurique. Lá estudou psicologia, psicanálise e trabalhou na clínica de Eugen Bleuler.

Piaget publicou mais de 50 livros, várias monografias e artigos deixando uma extensa fonte de consulta e pesquisa.

Em 1925, Piaget mudou-se para a França onde trabalhou com Simon e Binet, psicólogos que desenvolviam teste de inteligência. Foi com essa experiência que Piaget teve a certeza de que não queria trabalhar com testes de inteligência e assim começou a formular sua questão de interesse: como o ser humano constrói seu conhecimento. Portanto seu objeto de estudo era a inteligência.

Piaget pode contar com ajuda de sua esposa, psicóloga Valentine Châtenay. Com ela teve três filhos que foram os primeiros participantes da sua pesquisa inicial.

Piaget tinha interesse na inteligência e sua transformação sendo que para isso desenvolveu o método clínico referente ao diálogo com crianças, por meio de situações-problema chamadas de provas operatórias. Também desenvolveu uma teoria chamada Epistemologia Genética. Epistemologia significa filosofia da ciência e genética significa construção, evolução.

Piaget morreu em 1980, aos 84 anos.



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3 de janeiro de 2010

Aos que sofrem, vítimas das chuvas do ano novo

A transcrição a seguir de um trecho do livro Nosso Lar, do espírito André Luiz, com psicografia de Francisco Cândido Xavier, é especialmente dedicada aos desvalidos da Região Sudeste, que ao terem perdido a vida, ou entes queridos ou o patrimônio, por força da ação da natureza, não estão conseguindo entender que os desígnios grandiosos do Criador muitas vezes são insondáveis. Minha solidariedade aos amigos que sofrem neste momento e que nossas orações possam encontrar seus corações em sofrimento, levando o lenitivo necessário para que possam suportar a dor das perdas.





A vida não cessa

A vida não cessa.

A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões.

O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso.

Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.

Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.
Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.

Oh! Caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração!

É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna!

É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!

Seria extremamente infantil a crença de que o simples “baixar do pano” resolvesse transcendentes questões do Infinito.

Uma existência é um ato.

Um corpo - uma veste.

Um século - um dia.

Um serviço - uma experiência.

Um triunfo - uma aquisição.

Uma morte - um sopro renovador.

Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?

E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!

Ai! Por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!

É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas.

Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.


(Do livro “Nosso Lar” - André Luiz/ Chico Xavier)

1 de janeiro de 2010

Teóricos da educação - Freud e o desenvolvimento




Para Freud, é por meio do prazer e do desprazer como também pela curiosidade sexual que nos constituímos e nos formamos como pessoas, sendo que a transformação da sexualidade acontece em cinco fases:

- Fase oral: é a fase que vai mais ou menos até um ano de idade. Aqui o bebê sente prazer em morder, sugar, leva todos os objetos à boca.

- Fase anal: é a fase em que a criança começa a controlar os esfíncteres, por volta dos dois anos de idade. É uma fase muito delicada porque a criança começa a perceber que pode produzir algo sozinha. É nessa fase que começa a produção criativa da criança onde passa a perceber que consegue fazer algo que vem do seu próprio corpo, portanto, exigem dos pais, educadores um pouco de paciência para que a criança tenha conhecimento que somente o cocô e o xixi vão pelo ralo e elas não.

- Fase fálica: essa fase acontece entre 3 a 5 anos de idade, a criança vai passar por uma forte experiência emocional que é a identificação sexual. No menino acontece o Complexo de Édipo. O menino passa a ser atraído pela mãe e para ter atenção dela iguala-se ao pai pensando que se for como ele terá mais chance de se aproximar. Mas também passa a ter medo da castração e por ficar ameaçado achando que o pai pode perceber que ele quer ficar no lugar dele prefere igualar-se ao pai. Se toda essa fase for desenvolvida normalmente, o menino então passa a se identificar com o pai, desenvolvendo atitudes masculinas. Mas caso haja um temor maior do que tudo de a criança ficar sem a pessoa que ela hostiliza, pode ocorrer uma empatia pelo sexo oposto havendo assim no futuro atitudes homosexuais porque o menino irá desenvolver atitudes femininas.

-Fase de latência: vai de 5 a 12 anos. As crianças que passaram por conflitos na fase fálica vão procurar reforçar suas identificações por meio de grupos. Os meninos se agrupam em grupos de meninos desenvolvendo brincadeiras, conversas, jogos destinados ao gênero masculino e as meninas tudo voltado para o gênero feminino.

-Fase genital: ocorre após 12 anos de idade. A partir dessa fase a pessoa busca relações sexuais satisfatórias onde há o envolvimento das relações sexuais como sociais.


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A importância da leitura e as consequências de sua prematura estimulação

A importância da leitura


"Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. "Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores", diz Márcia Tim, professora de literatura do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP).

A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras.

Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro dos seus filhos. Parece exagero? Nos Estados Unidos, por exemplo, a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children’s Reading Foundation) garante que, para a criança de 0 a 5 anos, cada ano ouvindo historinhas e folheando livros equivale a 50 mil dólares a mais na sua futura renda.

Então, o que está esperando? Veja nossas recomendações e estimule seu filho a embarcar na aventura que só o bom leitor conhece. Você pode encontrar boas dicas de livros em nossa biblioteca básica de leitura!... "

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