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28 de dezembro de 2008

Planejamento educacional - Parte I - Didática


A didática é uma disciplina da Pedagogia que estuda o processo de ensino por meio de seus componentes – os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem. O objeto da didática é o processo de ensino que inclui os conteúdos e programas dos livros didáticos, os métodos e formas organizativas do ensino, as atividades dos professores e alunos e as diretrizes que regulam e orientam esse processo.

A ação didática pode ser vista como uma relação entre aluno e matéria sendo o professor o mediador. O aluno é estimulado a ser autônomo, ou seja, busca o seu conhecimento não esperando somente do professor. Participa de todo o seu processo de aprendizagem ativamente desenvolvendo o lado crítico.

O planejamento é um elemento que faz parte do dia-a-dia de todas as pessoas. Só o fato de estarmos pensando o que temos para fazer amanhã já é planejamento.
Hoje, muitos professores realizam o planejamento só porque são obrigados ou para não ter o trabalho de planejar, copiam planejamentos já passados.

Um bom educador procura planejar suas aulas. O planejamento é um guia das atividades em sala, é uma qualidade que podemos dar às aulas porque ao planejar procuramos estabelecer o conteúdo, objetivo, procedimentos, recursos.

Sem o planejamento como um professor pode separar material, montar atividades entre outros pontos importantes? Com certeza não tem como separar material com antecedência, montar atividades com calma e sim tudo com muita pressa e desorganização.

Numa instituição o professor é responsável pelo seu planejamento e deve ter autonomia para isso, pois é quem conhece a turma e sabe os conteúdos, atividades que serão voltadas para aquela área específica.

O planejamento sempre deve ser flexível e deve possibilitar que a criança seja vista como um ser ativo que participa do seu conhecimento desenvolvendo a autonomia tão necessária nos dias atuais.


Leia também:

Planejamento educacional - Parte I - Didática

Planejamento educacional - Parte II - Planejamento diário

Planejamento educacional - Parte III - A necessidade de ser flexível

Planejamento educacional - Parte IV - Melhorando a velha sala de aula

Planejamento educacional - Parte V - O plano de aula

Planejamento educacional - Parte VI - Projeto político pedagógico

Planejamento educacional - Parte VII - Planejando o ano escolar de 2011

Planejamento educacional - Parte VIII - Docentes nota 10

Planejamento educacional - Parte IX - Planejando 2012 e singrando novos rumos

Planejamento educacional - Parte X - Organização e planejamento em família

26 de dezembro de 2008

Brincadeiras tradicionais


As brincadeiras tradicionais infantis se expressam pela oralidade e representam um povo em certo período histórico. Estão sempre sendo constantemente reformuladas e transformadas como as brincadeiras de amarelinha, pião, esconde-esconde, dança das cadeiras.

Essas brincadeiras passam de geração para geração e continuam perpetuando ao longo do tempo. Algumas são modificadas mas sempre que desenvolvidas promovem a interação social e o prazer do brincar.

Portanto, nos jogos tradicionais a criança não brinca por obrigação, são brincadeiras descontraídas em que a satisfação está presente como acontece num jogo de esconde-esconde, pique-bandeirinha entre outros.
Alguns exemplos de brincadeiras tradicionais:

  • Amarelinha
Materiais necessários: giz e pedrinhas
- Desenhar a amarelinha no chão com um giz.
- O participante deverá jogar a pedra na casa do número 1 e pular a amarelinha, com um pé em cada casa, sem pisar naquela em que a pedrinha está nem pisar nas linhas desenhadas ou fora das casas.
- Ao voltar, fazendo o trajeto contrário, deve obedecer às mesmas regras. Quando chegar a casa do número que antecede a que está com a pedrinha(por exemplo, a de número 2) o participante deverá abaixar-se, sobre uma perna só pegar a pedrinha e pular a casa de número 1, finalizando sua jogada.
- Cada participante fará suas jogadas seguindo a sequência numérica até chegar ao "céu", que vem após a última casa numerada.
- Se em sua jogada o participante não acertar a pedrinha na casa que deveria, ou se a pedra cair nas linhas ou fora da amarelinha, ou se pisar na linha ou fora da casa, ele deve passar a vez ao colega. Mas, quando chegar novamente sua vez, continuará onde parou.
- Vence o jogo quem chegar primeiro ao "céu".

  • Bola ao alto
Material necessário: bola
- Os participantes devem se organizar em uma roda e definir quem irá começar a brincadeira.
- A criança que dará início à brincadeira deverá lançar a bola para o alto e gritar o nome de um participante. Este deverá pegar a bola antes que ela toque o chão.
- Se o participante chamado não pegar a bola antes que ela toque o chão, a criança que lançou deve lançá-la novamente e gritar o nome do mesmo ou de outro participante.
- Se o participante chamado pegar a bola antes que ela toque no chão, deve, assim que pegá-la, gritar "Pare!", fazendo com que os demais parem no lugar onde estão. Em seguida, ele deve dar três longos passos na direção do participante mais próximo e então arremessar a bola nele.
- Caso acerte o colega mais próximo, este estará fora da brincadeira e o arremessador dará início a uma nova rodada. Se não acertá-lo, sairá da brincadeira ou terá que pagar uma prenda para continuar nela.

  • Coelhinho sai da toca
- Organizar os alunos em trios, de forma que que um ou mais alunos fique(m) sem grupo.
- Os trios devem se organizar da seguinte forma: dois serão a toca e o outro, o coelhinho. Os dois alunos que formarão a toca devem permanecer com as duas mãos dadas e braços esticados e o coelhinho deverá ficar dentro dessa toca.
-As tocas devem se dispor em círculo pela sala e, no centro do círculo, ficarão os alunos sem grupo, que também serão coelhinhos.
- Para começar a brincadeira, um sinal deverá ser dado. Nesse momento, os coelhinhos deverão trocar de toca, sendo que os que não a têm deverão tentar entrar em alguma. Os coelhinhos que não conseguirem entrar em nenhuma toca deverão ficar no centro do círculo esperando o próximo sinal.

  • Meu mestre mandou/ siga o chefe
- Os participantes devem decidir quem será o "mestre", que conduzirá a brincadeira dando as ordens cada vez mais rápido. Veja alguns exemplos de ordens:
- O mestre manda levantar o braço direito.
- O mestre manda imitar um macaco.
- O mestre manda dar um passo para trás.
- Os demais participantes deverão obedecer às ordens dadas pelo mestre, mas somente quando ela for precedida de "O mestre manda...".
Caso contrário, se ele disser apenas "Levante a perna esquerda", por exemplo, o participante que cumprir a ordem sairá da brincadeira.
- Se alguém não cumprir a ordem corretamente, sairá da brincadeira.
- A brincadeira termina quando restar apenas um participante, que será o novo mestre na próxima rodada.



Leia também:

Brincadeiras tradicionais

Brincadeiras (parte II)

Manobrar o grande transatlântico afetivo das crianças, eis o desafio para pais e educadores

Jogos, brinquedos, brincadeiras

Bebês a bordo das férias

Jogos e infância

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Quando brincar precisa ser a prioridade

O B-A-Bá da matemática

Brincando na idade de brincar

Crianças que brincam terão mais sucesso

Bilboquê

Um guia completo para brincar com a gurizada na sala de aula

Inteligência infantil


A importância do lúdico na educação infantil




Atualmente, pode-se perceber que em muitas escolas o ensino infantil não passa de mera repetição mecânica de conteúdos e estímulos. Mas toda essa defasagem do ensino-aprendizagem em se tratando de educação infantil pode ser superada por meio do jogo, brinquedo e brincadeira.

O lúdico na educação infantil, se bem planejado e desenvolvido pode se tornar um grande aliado do professor, auxiliando-o no desenvolvimento de suas aulas. Faz com que o ensino não se torne cansativo, sem atrativos e a aprendizagem resulte em uma ação prazerosa onde a criança tem oportunidade de aprender brincando.

Assim, o ensino-aprendizagem é desenvolvido com mais qualidade porque o professor deixa de desempenhar uma ação mais estática tornando o ensino mais ativo e motivador onde a criança é estimulada a interagir com o conhecimento posto em questão.

Mas todo esse desenvolvimento em aprender brincando deve ser muito bem planejado com objetivos, recursos, desenvolvimento para que ao final o professor possa ter o retorno se à atividade foi bem desenvolvida e os objetivos alcançados.

O lúdico faz com que o aluno, a criança desenvolva a socialização por meio da interação entre professor/aluno e aluno/aluno, trabalhando também com o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor.

Por meio do brinquedo a criança solta suas emoções, seus sentimentos de felicidade, paixões, tristezas e agressividades podendo assim ser um detector do professor quanto ao estado de comportamento da criança.

25 de dezembro de 2008

Muita teoria e pouca prática, segundo Eunice Durhan

Fábrica de maus professores
“Uma das maiores especialistas em ensino superior
brasileiro, a antropóloga não tem dúvida: os cursos
de pedagogia perpetuam o péssimo ensino nas escolas
Hoje há poucos estudiosos empenhados em produzir pesquisa de bom nível sobre a universidade brasileira. Entre eles, a antropóloga Eunice Durham, 75 anos, vinte dos quais dedicados ao tema, tem o mérito de tratar do assunto com rara objetividade. Seu trabalho representa um avanço, também, porque mostra, com clareza, como as universidades têm relação direta com a má qualidade do ensino oferecido nas escolas do país. Ela diz: "Os cursos de pedagogia são incapazes de formar bons professores". Ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) no governo Fernando Henrique, Eunice é do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas, da Universidade de São Paulo – onde ingressou como professora há cinqüenta anos.
Sua pesquisa mostra que as faculdades de pedagogia estão na raiz do mau ensino nas escolas brasileiras. Como?
As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples nem expor conceitos científicos de média complexidade. Chegam aos cursos de pedagogia com deficiências pedestres e saem de lá sem ter se livrado delas. Minha pesquisa aponta as causas. A primeira, sem dúvida, é a mentalidade da universidade, que supervaloriza a teoria e menospreza a prática. Segundo essa corrente acadêmica em vigor, o trabalho concreto em sala de aula é inferior a reflexões supostamente mais nobres.
Essa filosofia é assumida abertamente pelas faculdades de pedagogia?
O objetivo declarado dos cursos é ensinar os candidatos a professor a aplicar conhecimentos filosóficos, antropológicos, históricos e econômicos à educação. Pretensão alheia às necessidades reais das escolas – e absurda diante de estudantes universitários tão pouco escolarizados.
O que, exatamente, se ensina aos futuros professores?
Fiz uma análise detalhada das diretrizes oficiais para os cursos de pedagogia. Ali é possível constatar, com números, o que já se observa na prática. Entre catorze artigos, catorze parágrafos e 38 incisos, apenas dois itens se referem ao trabalho do professor em sala de aula. Esse parece um assunto secundário, menos relevante do que a ideologia atrasada que domina as faculdades de pedagogia.
Como essa ideologia se manifesta?
Por exemplo, na bibliografia adotada nesses cursos, circunscrita a autores da esquerda pedagógica. Eles confundem pensamento crítico com falar mal do governo ou do capitalismo. Não passam de manuais com uma visão simplificada, e por vezes preconceituosa, do mundo. O mesmo tom aparece nos programas dos cursos, que eu ajudo a analisar no Conselho Nacional de Educação. Perdi as contas de quantas vezes estive diante da palavra dialética, que, não há dúvida, a maioria das pessoas inclui sem saber do que se trata. Em vez de aprenderem a dar aula, os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões. Tudo precisa ser democrático, participativo, dialógico e, naturalmente, decidido em assembléia.
Quais os efeitos disso na escola?
Quando chegam às escolas para ensinar, muitos dos novatos apenas repetem esses bordões. Eles não sabem nem como começar a executar suas tarefas mais básicas. A situação se agrava com o fato de os professores, de modo geral, não admitirem o óbvio: o ensino no Brasil é ainda tão ruim, em parte, porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função.
Por que os professores são tão pouco autocríticos?
Eles são corporativistas ao extremo. Podem até estar cientes do baixo nível do ensino no país, mas costumam atribuir o fiasco a fatores externos, como o fato de o governo não lhes prover a formação necessária e de eles ganharem pouco. É um cenário preocupante. Os professores se eximem da culpa pelo mau ensino – e, conseqüentemente, da responsabilidade. Nos sindicatos, todo esse corporativismo se exacerba.
Como os sindicatos prejudicam a sala de aula?
Está suficientemente claro que a ação fundamental desses movimentos é garantir direitos corporativos, e não o bom ensino. Entenda-se por isso: lutar por greves, aumentos de salário e faltas ao trabalho sem nenhuma espécie de punição. O absenteísmo dos professores é, afinal, uma das pragas da escola pública brasileira. O índice de ausências é escandaloso. Um professor falta, em média, um mês de trabalho por ano e, o pior, não perde um centavo por isso. Cenário de atraso num país em que é urgente fazer a educação avançar. Combater o corporativismo dos professores e aprimorar os cursos de pedagogia, portanto, são duas medidas essenciais à melhora dos indicadores de ensino.
A senhora estende suas críticas ao restante da universidade pública?
Há dois fenômenos distintos nas instituições públicas. O primeiro é o dos cursos de pós-graduação nas áreas de ciências exatas, que, embora ainda atrás daqueles oferecidos em países desenvolvidos, estão sendo capazes de fazer o que é esperado deles: absorver novos conhecimentos, conseguir aplicá-los e contribuir para sua evolução. Nessas áreas, começa a surgir uma relação mais estreita entre as universidades e o mercado de trabalho. Algo que, segundo já foi suficientemente mensurado, é necessário ao avanço de qualquer país. A outra realidade da universidade pública a que me refiro é a das ciências humanas. Área que hoje, no Brasil, está prejudicada pela ideologia e pelo excesso de críticas vazias. Nada disso contribui para elevar o nível da pesquisa acadêmica.
Um estudo da OCDE (organização que reúne os países mais industrializados) mostra que o custo de um universitário no Brasil está entre os mais altos do mundo – e o país responde por apenas 2% das citações nas melhores revistas científicas. Como a senhora explica essa ineficiência?
Sem dúvida, poderíamos fazer o mesmo, ou mais, sem consumir tanto dinheiro do governo. O problema é que as universidades públicas brasileiras são pessimamente administradas. Sua versão de democracia, profundamente assembleísta, só ajuda a aumentar a burocracia e os gastos públicos. Essa é uma situação que piorou, sobretudo, no período de abertura política, na década de 80, quando, na universidade, democratização se tornou sinônimo de formação de conselhos e multiplicação de instâncias. Na prática, tantas são as alçadas e as exigências burocráticas que, parece inverossímil, um pesquisador com uma boa quantia de dinheiro na mão passa mais tempo envolvido com prestação de contas do que com sua investigação científica. Para agravar a situação, os maus profissionais não podem ser demitidos. Defino a universidade pública como a antítese de uma empresa bem montada.
Muita gente defende a expansão das universidades públicas. E a senhora?
Sou contra. Nos países onde o ensino superior funciona, apenas um grupo reduzido de instituições concentra a maior parte da pesquisa acadêmica, e as demais miram, basicamente, os cursos de graduação. O Brasil, ao contrário, sempre volta à idéia de expandir esse modelo de universidade. É um erro. Estou convicta de que já temos faculdades públicas em número suficiente para atender aqueles alunos que podem de fato vir a se tornar Ph.Ds. ou profissionais altamente qualificados. Estes são, naturalmente, uma minoria. Isso não tem nada a ver com o fato de o Brasil ser uma nação em desenvolvimento. É exatamente assim nos outros países.
As faculdades particulares são uma boa opção para os outros estudantes?
Freqüentemente, não. Aqui vale a pena chamar a atenção para um ponto: os cursos técnicos de ensino superior, ainda desconhecidos da maioria dos brasileiros, formam gente mais capacitada para o mercado de trabalho do que uma faculdade particular de ensino ruim. Esses cursos são mais curtos e menos pretensiosos, mas conseguem algo que muita universidade não faz: preparar para o mercado de trabalho. É estranho como, no meio acadêmico, uma formação voltada para as necessidades das empresas ainda soa como pecado. As universidades dizem, sem nenhum constrangimento, preferir "formar cidadãos". Cabe perguntar: o que o cidadão vai fazer da vida se ele não puder se inserir no mercado de trabalho?
Nos Estados Unidos, cerca de 60% dos alunos freqüentam essas escolas técnicas. No Brasil, são apenas 9%. Por quê?
Sempre houve preconceito no Brasil em relação a qualquer coisa que lembrasse o trabalho manual, caso desses cursos. Vejo, no entanto, uma melhora no conceito que se tem das escolas técnicas, o que se manifesta no aumento da procura. O fato concreto é que elas têm conseguido se adaptar às demandas reais da economia. Daí 95% das pessoas, em média, saírem formadas com emprego garantido. O mercado, afinal, não precisa apenas de pessoas pós-graduadas em letras que sejam peritas em crítica literária ou de estatísticos aptos a desenvolver grandes sistemas. É simples, mas só o Brasil, vítima de certa arrogância, parece ainda não ter entendido a lição.
Faculdades particulares de baixa qualidade são, então, pura perda de tempo?
Essas faculdades têm o foco nos estudantes menos escolarizados – daí serem tão ineficientes. O objetivo número 1 é manter o aluno pagante. Que ninguém espere entrar numa faculdade de mau ensino e concorrer a um bom emprego, porque o mercado brasileiro já sabe discernir as coisas. É notório que tais instituições formam os piores estudantes para se prestar às ocupações mais medíocres. Mas cabe observar que, mesmo mal formados, esses jovens levam vantagem sobre os outros que jamais pisaram numa universidade, ainda que tenham aprendido muito pouco em sala de aula. A lógica é típica de países em desenvolvimento, como o Brasil.
Por que num país em desenvolvimento o diploma universitário, mesmo sendo de um curso ruim, tem tanto valor?
No Brasil, ao contrário do que ocorre em nações mais ricas, o diploma de ensino superior possui um valor independente da qualidade. Quem tem vale mais no mercado. É a realidade de um país onde a maioria dos jovens está ainda fora da universidade e o diploma ganha peso pela raridade. Numa seleção de emprego, entre dois candidatos parecidos, uma empresa vai dar preferência, naturalmente, ao que conseguiu chegar ao ensino superior. Mas é preciso que se repita: eles servirão a uma classe de empregos bem medíocres – jamais estarão na disputa pelas melhores vagas ofertadas no mercado de trabalho.
A tendência é que o mercado se encarregue de eliminar as faculdades ruins?
A experiência mostra que, conforme a população se torna mais escolarizada e o mercado de trabalho mais exigente, as faculdades ruins passam a ser menos procuradas e uma parte delas acaba desaparecendo do mapa. Isso já foi comprovado num levantamento feito com base no antigo Provão. Ao jogar luz nas instituições que haviam acumulado notas vermelhas, o exame contribuiu decisivamente para o seu fracasso. O fato de o MEC intervir num curso que, testado mais de uma vez, não apresente sinais de melhora também é uma medida sensata. O mau ensino, afinal, é um grande desserviço.
A senhora fecharia as faculdades de pedagogia se pudesse?
Acho que elas precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender por quê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação.”
Fonte: Veja
Comentários meus: Concordo com Eunice Durhan, as faculdades de pedagogia estão deixando a desejar pelo mau ensino e assim refletindo na educação de milhares de alunos da rede pública e particular.
Quando Eunice Durhan comenta em sua primeira questão que muitos professores não são capazes de fazer o básico, com certeza já observei isso e percebi que o professor não está disposto a fazer correções mais precisas, mesmo que isso leve mais tempo, tenha que pegar em um dicionário. Erros ortográficos, falta de facilidade em escrever são resultados que já vêm com o professor desde a sua trajetória escolar.
Eunice Durham também menciona a super-valorização da teoria e a prática sendo deixada de lado. Essa questão é muito observada e questionada em sala de aula. Para que tanta teoria se ao chegarmos nas escolas não temos conhecimento da prática em como ela dever ser?
Muitos educadores não conseguem desenvolver planejamentos anuais porque não sabem que conteúdo desenvolver e sim, somente os passos de um planejamento é que foram estudados. Não foram esclarecidos nem comentados os conteúdos para cada nível de ensino. São horas e horas de teoria sem ser relacionada com a prática, que a cada momento é mais distanciada.
Também podemos perceber que muitas faculdades de pedagogia viraram uma opção para quem não consegue passar em outros cursos. Muitos educadores passaram a cursar não por vocação e sim por necessidade refletindo posteriormente em um professor sem muito estímulo e dedicação.
Percebo também que o ensino superior virou um grande mercado em que professores, que muitas vezes não ganham bem, estão sujeitos a ministrar aulas em ensino superior sem o preparo necessário para poder desenvolver cursos prazerosos valorizando a prática e caminhando em sintonia com a teoria em sua medida certa, sem exageros e aprofundamentos desnecessários.
Portanto, julgo que seja muito pertinente a presente entrevista e que o assunto em tela merece ser estudado pelas autoridades competentes.

Existe criacionismo em todo o Brasil?


Trevas

"Atenção! Acendam as luzes da razão! Não deixem que a Idade das Trevas volte a eclipsar a sabedoria humana! Notícias dão conta que o criacionismo - doutrinação religiosa disfarçada de pseudo-ciência - cresce entre as escolas brasileiras. E não apenas no ensino religioso, onde faria algum sentido, mas nas aulas de ciência.
Atenção, educadores! Professores, pais e estudantes! Teólogos, filósofos e livres-pensadores! Independente de suas convicções religiosas e não-religiosas, é preciso atenção ao fato. Ou problema. Afinal, até mesmo a Igreja Católica, e suas mais conservadoras alas, reconhecem que é possível que religião e ciência convivam em paz. O que não se pode é misturá-las. O mesmo serve para a política. Por isso alerto aqui educadores em geral para a questão.
Me assusta saber que escolas tradicionais religiosas, como o Mackenzie, por exemplo, ou o Colégio Batista e a rede de escolas adventistas, estejam ensinando aos alunos a explicação cristã da criação do mundo junto com os conceitos da teoria evolucionista. Isso é um contra-senso. Como é que, na cabeça dos alunos, Adão e Eva - ou seja lá qual for a explicação que o criacionismo dá ao surgimento dos humanos na Terra - vão conviver com os macacos que nos antecederam na escalada evolucionista? Haverá lugar para todos no Paraíso? Haverá maçãs suficientes para que todos possam experimentar delas e serem expulsos do jardim do éden?
Não estarão estas escolas criando uma miscelânea perigosa e não científica nas cabeças dos estudantes? A troco de quê? Isaac Roitman, da Sociedade Brasileira pra o Progresso da Ciência, afirma: "É perfeitamente aceitável que o criacionismo seja apresentado como corrente que existe, mas está ligada à fé, enquanto a evolução é comprovada cientificamente". Nélio Bizzo, da USP, acrescenta: "Não há sentido em tentar provar a existência de Deus cientificamente". Fiquemos atentos. Como diz a sabedoria popular, cada macaco no seu galho."
Meus comentários: Pode ser que Tony Bellotto com sua vivência social intensa, tenha presenciado em escolas a existência da doutrinação religiosa mesclada na ciência, extrapolando o admissível que seria o conteúdo ser ministrado em aulas de ensino religioso. Eu, por minha vez, como educadora e observadora do ensino público e particular não tenho acompanhado esse tipo de procedimento na cidade onde moro. Talvez seja uma prática localizada no Rio de Janeiro, onde reside o cantor.

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