Escolas adotam estratégias diversas para ensinar sustentabilidade
Mede, lixa, enverniza, fura. A última reunião do Núcleo do Pensamento
Sustentável da escola Santi, em São Paulo, parecia aula de carpintaria.
Depois de estudar por meses quais descartes causavam os maiores danos e
debater como reduzi-los, o grupo se empenhava na construção de um
canecário e uma composteira. A atividade faz parte da estratégia do
colégio para desenvolver consciência ecológica nas crianças a partir da
prática. O suporte para canecas será colocado na sala dos professores, embora
estes ainda não estivessem avisados do projeto até a terça-feira quando o
equipamento começou a ser construído. “Não teremos mais copos
plásticos”, avisava uma folha de papel colorida caprichosamente pelo
grupo e colada ao lado do bebedouro.
A aceitação não foi unânime entre os mestres. “Cada dia vou por um para
lavar as canecas”, ameaçou um dos professores. Mas logo veio um pouco de
reflexão e a aceitação. “No Japão, o professor ganha a caneca junto com
o kit de trabalho no primeiro dia de aula e precisa cuidar até o
último”, comentou uma das docentes. “Eu não gosto muito de lavar minha
caneca, mas vou fazer isso pelo Planeta e por vocês que estão se
empenhando tanto”, disse a outra a aluna que afixava o cartaz. Para os alunos, a razão era fundamentada em dados. Eles mediram um
uso mensal de 5 mil copos d’água e 7,5 mil de café em toda a escola e a
sala dos professores estava entre os pontos mais consumistas. “Além de
gerar uma quantidade enorme de um material que não se desfaz, o plástico
com produtos quentes libera uma substância que faz mal a saúde”,
comenta Matheus Garcia, 12 anos.
Todos os estudos foram feitos em reuniões semanais de uma hora e meia
para pensar a sustentabilidade da escola. Os encontros são fora do
horário de aula, não valem nota e a adesão é voluntária. O professor de
Ciências, Edward Zvingila, supervisiona e fomenta o debate. Também está em construção uma composteira para o lixo orgânico.
Manoela Gonçalves Robeiro, 12 anos, e Isabel Stellino Ahmar, 11 anos,
foram as responsáveis por pesquisar o equipamento. “Vão ser três caixas,
duas para depósito do lixo, cada uma de uma vez, e a última para o
humos, que ele vai gerar e a gente pode usar de adubo”, diz íntima da
solução. O professor, orgulhoso da turma, aposta que as mudanças vão ter
resultado mais efetivos do que se fossem propostas pela escola. “Os
alunos chegaram à conclusão de que era preciso e possível fazer isso,
agora eles mesmos cobrarão os demais a fazerem”, afirma.
Simulação da Rio+20
No Colégio Magister, na zona sul de São Paulo, a estratégia é debater
o quadro global. O tema ambiental será explorado com discussões no
próximo mês. Durante os dias 20 e 22 de junho, todos os alunos do 9º ano
do ensino fundamental e das três séries do ensino médio irão simular a
conferência ambiental Rio+20, que acontecerá oficialmente na capital
carioca. Cerca de 200 estudantes serão divididos em comitês de discussão de
quatro problemas críticos – emprego, energia, alimentação e água – e
representarão diferentes países. Outra parte fará a cobertura
jornalística do evento. Desde já, os temas estão sendo trabalhados em
sala de aula e pesquisados pelos alunos. O objetivo é estimular
competências e habilidades como trabalho em equipe, liderança,
argumentação e colocar os jovens para pensar soluções inovadoras para os
problemas ambientais globais.
Larissa Santos, 17 anos, aluna do 3º ano do ensino médio e
coordenadora geral do grêmio estudantil, avalia que discussões como esta
que o colégio irá fazer e a conscientização dos cidadãos são avanços
que o evento traz. “Sabemos que o debate da Rio+20 não está longe e que
seremos afetados de maneira direta pelas decisões que forem tomadas lá.
Espero que as mudanças aconteçam não só de cima pra baixo, mas que
sejamosos agentes dessa transformação. Acredito muito na nossa geração”,
declara a jovem. O colega Leonardo Alves de Melo, 17 anos, destaca que a simulação
permite vivenciar a história na prática. “A gente aprende as relações
internacionais e os temas como se fosse um diplomata de um país”,
destaca. Para o professor de Atualidades e Língua e Cultura Hispânica do
colégio, Pablo Reimers, a simulação permite que estudantes aprendam ao
ensinar uns aos outros. “A partir do entendimento crítico, eles terão um
posicionamento para transformar aquilo que será a história deles no
futuro, e a nossa também.”
Davi e Jônatas estão com as malas prontas para a primeira viagem ao
exterior: vão para a Califórnia em agosto. Ganharam as passagens e a
estadia para a Campus Party americana após vencerem um concurso na
edição brasileira do evento. Por aqui, eles concorreram com mais de 7 mil "nerds", egressos dos
cursos de Engenharia e Ciência da Computação. O currículo dos campeões,
no entanto, é bem mais modesto. Eles abandonaram a escola antes de
concluir o ensino fundamental. Os dois foram educados pelos próprios pais, em casa. "Se eu estivesse
no colégio, estaria entrando na universidade. Em casa, foquei apenas no
que gosto. Não perdi tempo nas disciplinas que não me interessam", diz
Davi, de 19 anos. Jônatas, um ano mais novo, alfineta: "Mesmo porque o
melhor é ter uma boa ideia. Depois, se for preciso, coloco um engenheiro
para programar".
A cada afirmação, os dois olham de soslaio para o pai, sentado no
sofá ao lado e se segurando para ele mesmo não responder a todas as
perguntas. A cada prêmio dos filhos - só nos primeiros quatro meses
deste ano eles já ganharam cerca de R$ 30 mil em concursos - Cléber
Nunes se convence ainda mais da decisão tomada no fim de 2005, quando
Jônatas e Davi terminaram a 5.ª e a 6.ª série. "Mas, mesmo com todos esses prêmios, ainda dizem que neguei educação
para os meninos", diz o pai, referindo-se ao crime de abandono
intelectual pelo qual ele e a mulher, Bernadeth Nunes, foram condenados
em 2010. Também teriam de pagar uma multa, estimada hoje em R$ 9 mil,
pela condenação em um processo na área cível por descumprir o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA). "Não quitamos porque temos certeza de
que nossos filhos receberam instrução adequada", afirma a mãe.
Quem a vê tão convicta nem imagina que ela era terminantemente contra
a decisão do marido. Tanto que, na primeira tentativa de Cleber, no fim
de 2004, Bernadeth vetou a ideia. Para convencer a mulher, ele foi aos
Estados Unidos, conheceu famílias que praticavam o ensino domiciliar e
trouxe uma mala cheia de material sobre o tema. Começava aí seu processo de "doutrinação" que só tem ganhado adeptos.
A mais nova convertida é a pequena Ana, a caçula da família. Aos 5
anos, ela já sabe ler e escrever, é fluente em inglês e, apesar de nunca
ter frequentado uma escola, tem uma opinião formada sobre o que se
aprende na instituição: "Nada".
A sala de aula da menina é um cantinho do
escritório coletivo que fica no térreo do sobrado em que a família vive,
no município mineiro de Vargem Alegre. No espaço, as bonecas ficam
junto dos livrinhos de tecido costurados por Bernadeth. Enquanto a mãe ensina a menina a ver as horas, Jônatas desenvolve um
software para informatizar as mercearias do município, e Davi é capaz de
se esquecer de comer só para programar os códigos que darão origem a um
programa capaz de ajudar os candidatos a vereador e a prefeito a mapear
redutos eleitorais e traçar estratégias de comunicação. Creditam todo o aprendizado à técnica implementada pelo pai, autodidata que saiu da escola no 1.º ano do ensino médio. Assim que os tirou da colégio, Cléber os ensinou lógica, argumentação
e aritmética, base a partir da qual eles poderiam estudar o que lhes
conviessem. Davi e Jônatas decidiram ignorar disciplinas como química,
biologia e geografia. "Por que eu deveria saber o que são rochas
magmáticas?", questiona Jônatas.
Das disciplinas oficiais, ficou somente o inglês. Para estimular a
fluência, Cléber comprava cursos de informática em inglês e pedia que os
filhos legendassem documentários. Atualmente, cada um faz seu currículo e seu horário. Mas nunca são
menos de seis horas diárias, seis dias por semana. Jônatas, webdesigner,
dispersa fácil, tanto que decidiu sair do Facebook para não perder
tempo. Davi, programador, é mais centrado, cumpre à risca a grade
horária colada no mural do seu quarto, ao lado de onde se vê um
versículo bíblico em hebraico, idioma que ele aprendeu sozinho com o
intuito de compreender melhor textos do livro sagrado. A retirada dos filhos da escola coincidiu
com a decisão da família por uma vida mais simples e de retorno a
padrões morais descritos na Bíblia. Cléber abriu mão de sua empresa de produtos de aço inoxidável, como
troféus e placas de honra, para fabricar as peças no quintal de casa.
Bernadeth, que era decoradora e cursava Arquitetura, abandonou o curso
e, desde então, dedica-se a cuidar da casa e a alfabetizar a filha.
Os
militantes do novo racismo acham que as cotas "integram", já que elas
supostamente permitiriam o ingresso de negros, ou afrodescendentes, em
funções públicas que eles acham indevidamente monopolizadas pela elite
branca. Acontece
que os concursos, e o recrutamento, apenas refletem o grau de
preparação de diferentes estratos da população para enfrentar essas
barreiras meritocráticas.Pretender
estabelecer por cotas um "direito" significaria tirar o direito de
alguém que o conquistaria por esforço próprio. Em lugar de atuar sobre
as causas do fenômeno, os militantes querem atuar apenas sobre as
causas, perpetuando, portanto, o problema e eternizando o privilégio de
alguns apenas pela cor da pele. Se
trata de um apartheid, evidentemente, um racismo ao contrário, que deve
tornar o país mais separado, não mais unido racialmente. Em qualquer hipótese, é uma má solução para um problema real.
Blog com críticas a merenda obriga escola a mudar cardápio
Uma menina escocesa de 9 anos provocou mudanças na alimentação de sua
escola depois de fazer um blog que teve mais de 1 milhão de visitações e
acabou rendendo um tuíte de apoio do conhecido chef Jamie Oliver.
Martha Payne fotografava seus lanches com a permissão da escola e
postava as fotos diariamente em seu blog "Never seconds" ("Nunca repetir o prato", em tradução adaptada), com comentários e notas sobre a comida.
Entre os aspectos avaliados pela menina, estão a qualidade da comida,
a quantidade de "garfadas" em uma porção e o número de fios de cabelo
encontrados. A repercussão do blog fez com que o conselho municipal de
Argyll, na Escócia, se pronunciasse sobre o assunto e fizesse uma visita
à escola da menina. O cardápio da merenda, segundo ela e seu pai, Dave, também melhorou,
ainda que temporariamente. "Dá para ver no blog que a comida voltou a
piorar", disse ele à BBC Brasil. Pai e filha foram convidados para um
encontro realizado pelo chef escocês Nick Nairn, autor de diversos
livros e apresentador de programas de TV, que também terá políticos e
ativistas da alimentação saudável em escolas.
A ideia de criar o blog, segundo Dave Payne, surgiu quando Martha
chegou em casa comentando sobre um texto "jornalístico" que teve que
fazer para um trabalho escolar. "Ela chegou dizendo que queria escrever
como uma jornalista todos os dias e achamos que um blog seria a melhor
ideia", conta o pai. Desde então, a menina, que vive com a família em uma fazenda, passou a
postar fotos do que comia diariamente, com comentários sobre o
cardápio. "A coisa boa deste blog é que meu pai entende por que eu estou
com fome quando chego em casa", disse ela em um dos posts. As primeiras fotos de Martha, de acordo com seu pai, foram
reveladoras. As refeições, sempre em porções pequenas, incluíam pizza,
hambúrgueres, frituras, poucas verduras e nenhuma fruta. "Para ela, as
fotos eram completamente normais. Para mim, foram chocantes, terríveis.
Quase tão chocante quanto isso era o fato de que as crianças achavam
aquela comida normal. Ela reclamava um pouco em casa, mas eu não dei
muita atenção", disse Dave.
Pouco depois do primeiro post de Martha, ele escreveu em seu perfil
de Twitter sobre o blog da filha. "Na primeira meia hora, três pessoas
tinham visto o blog. No dia seguinte, eram mais de 20 mil", conta.
Agora, um mês depois, o "Never seconds" já contabiliza cerca de 1,2
milhão de visitantes. Alertado por internautas sobre o projeto, o chef Jamie Oliver chegou a
mandar uma mensagem para a menina através do Twitter: "Blog chocante,
mas inspirador. Continue! Com amor, Jamie". O sucesso do blog colocou o governo local em uma saia justa. Em uma
entrevista à BBC escocesa, uma representante do conselho municipal de
Argyll afirmou que o almoço servido na escola não tinha problemas. "Ela
disse que não havia nada errado com a comida e que a culpa era de Martha
porque ela escolheu os alimentos errados, mas ela escolhe tudo o que
pode todos os dias", afirma Payne. "Mesmo irritados, não quisemos dar mais entrevistas e nos envolver,
mas depois disso a comida melhorou na escola. Coisas que ela nunca viu
começaram a aparecer no cardápio.
Membros do conselho foram visitar a
escola com jornalistas e a comida era muito diferente." Os estudantes
também passaram, a partir daquele dia, a ter direito a porções
ilimitadas de salada, frutas e pão, além da opção de se servir novamente
do que quisessem. Martha chamou o blog de "Nunca pela segunda vez" porque não era
permitido que ela repetisse o prato, o que frequentemente a deixava com
fome. "Pela primeira vez eu vi no almoço tomates-cereja, rabanetes,
cenouras e pedaços de pepino. Eu escolhi macarrão com queijo, purê de
batatas, pepino e pimentões. O macarrão com queijo é sempre bom, mas eu
comeria mais. Hoje me perguntaram pela primeira vez: 'É o suficiente
para você?'", escreveu a menina no dia da visita.
Comento: A Europa, velho mundo, apesar de em crise, continua sendo o berço da inspiração em nosso planeta. Ao transcrever esta matéria, é impossível deixar de me lembrar da escolinha pública que eu fiz estágio lá em Teresina, Piaui. Nem cômico, nem pouco trágico, a falta de opções e a qualidade muito aquém do inaceitável fazia a rotina dos pequenos estudantes do ensino público petista. Cozinha imunda e quase sempre com despensa vazia era o quadro trágico que em final de curso quase me fez renunciar ao trabalho hercúleo que vim a desenvolver durante minha vida profissional já formada. Quem sabe um blog não seria a solução para aquelas crianças expostas ao cuscuz de anteontem?
O que fazer quando seu filho não gosta do professor
Por Letícia Mori
A criança chega em casa chateada, jogando a mochila no chão e reclamando
da escola. Você ouve que o professor não gosta do seu filho ou que seu
filho não gosta do professor. A reação natural de qualquer pai é ficar
alarmado. Mas é preciso tentar manter a calma. A forma como você lida
com a situação pode tornar as coisas muito melhores ou muito piores.
Procurar uma resolução pacífica garante o melhor resultado para a vida
escolar do seu filho, já que uma boa relação entre o aluno e o professor
é um dos fatores que mais influenciam na aprendizagem, segundo a
psicóloga e pedagoga Neide Saisi, da PUC-SP (Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo). Tanto adultos quanto adolescentes e
crianças só aceitam que outra pessoa os ensine quando existe uma relação
de confiança. "A pessoa só aprende com aqueles a quem ela delegou o
direito de ensinar. E ela só dá esse direito a quem ela confia. É um
processo inconsciente", explica a pedagoga.
E para estabelecer essa
confiança, primeiro é preciso criar um laço afetivo. A relação de afeto é
fundamental principalmente nos primeiros anos de escola. Se a
convivência com o professor é ruim, o aluno começa a rejeitar o processo
de aprendizagem e se torna indócil e desinteressado. Por extensão, ele
deixa de gostar da escola. "Ela deixa de ser um fato de desenvolvimento e
aprendizado e passa ser um local de punição", diz Saisi. Seu
filho tem dificuldades nos estudos, notas baixas ou simplesmente tem
mostrado o desejo de não ir para a escola? Vale a pena perguntar como
anda o relacionamento dele com os professores. Nem sempre crianças e
adolescentes deixam claro como é essa relação e os pais acabam não
percebendo que esse é um dos fatores do problema. A boa notícia
é que na maioria das vezes é possível resolver o conflito por meio do
diálogo.
"Basta os dois lados estarem abertos", diz a psicóloga Sueli
Conte, autora do livro "Bastidores de uma Escola" (Editora Gente) e
atual diretora do Colégio Renovação, em São Paulo. Segundo ela, o
primeiro passo é descobrir qual a origem da desavença, que pode ser
resultado tanto do comportamento da criança ou até mesmo do docente. "O
professor é um ser humano, ele também erra", explica Neide Saisi.
Classes lotadas, estresse, problemas emocionais... Tudo isso pode levar o
educador a ter atitudes inadequadas. "Mas normalmente ele é bem
intencionado e está disposto a se corrigir se perceber se agiu de forma
injusta", afirma Sueli Conte. As especialistas dão quinze dicas
para você resolver o problema do seu filho com o professor da melhor
forma possível e garantir que a experiência dele na escola seja
prazerosa e educativa.
1) Não assuma imediatamente a posição negativa da criança
Todo mundo pode se enganar ao julgar o caráter dos outros. Crianças e
adolescentes estão ainda mais sujeitos a se deixarem levar pelas
emoções. "Eles podem interpretar a atitude do professor de forma
errada", diz a psicóloga Sueli Conte. Antes de achar que o educador é um
carrasco, ao menos leve em conta essa possibilidade. Acalme seu filho e
peça para ele explicar melhor a situação.
2) Ouça bem e fique atento aos detalhes
Se seu filho fizer afirmações genéricas como "minha professora é má",
tente entender o que exatamente ele quer dizer com isso. Descubra o
maior número de detalhes sobre a situação que o levou a pensar desse
jeito. Será que a professora o humilhou na frente da classe ou apenas
exigiu que ele fizesse o exercício? Segundo a psicóloga Sueli Conte,
autora do livro "Bastidores de uma escola", é importante perguntar de
maneira casual para que a criança não seja levada a exagerar a situação.
Assim você pode julgar com clareza se a atitude foi realmente
inadequada ou se a criança interpretou de maneira incorreta uma
exigência razoável.
3) Encontre a orígem do problema
Muitas vezes o aluno cria rancor do professor simplesmente porque não
consegue entender o que ele está explicando. "Para existir afeto entre
os dois, o mestre precisa respeitar o nível de desenvolvimento do aluno e
sua personalidade", explica a psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP.
Alunos tímidos, por exemplo, podem acabar recebendo menos atenção e
sentirem-se rejeitados. Tente entender qual a origem do conflito para
estar preparado quando for conversar com o professor e com a escola.
4) Confirme se o desgosto é com o educador ou com a matéria
Se o aluno tem alguma defasagem de ensino ou dificuldade natural com uma
disciplina específica, pode transferir o sentimento negativo para quem
ministra a matéria. "Se não gosta do assunto, a criança ou adolescente
também tende a ser mais indisciplinado, e consequentemente, mais
repreendido", diz a psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP. Nesse caso,
explique a importância de aprender aquela disciplina, tente ajudá-lo com
as tarefas e converse com a escola para que ele receba reforço. Aulas
particulares também podem ajudar.
5) Avalie o comportamento de seu filho
Pode ser que ele não seja indisciplinado em casa, mas tenda a
ultrapassar os limites na escola. Nem sempre as crianças se comportam da
mesma forma nos dois ambientes. "Se a criança tem atitudes rebeldes e
desafiadoras na sala de aula, a família tem de tentar resolver essa
questão em casa", diz a psicóloga Sueli Conte, autora do livro
"Bastidores de uma Escola" (Editora Gente). Mas não pergunte se ele fez
algo de errado, isso pode parecer uma acusação. Peça a ele para pensar
em quais atitudes poderiam estar deixando o professor bravo e ajude-o
modificar esse comportamento.
6) Procure causas externas
Desavenças familiares, brigas com colegas e até problemas de saúde podem
levar as crianças e se tornarem agressivas na escola, segundo a
psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP. "É importante resolver fora da
sala de aula tudo o que possa levar o aluno a ‘descontar’ suas
frustrações nesse ambiente e acabar entrando em conflito com o
professor", diz ela.
7) Não faça acusações
A relação com a criança é um problema a ser resolvido, não uma briga a
ser ganha. Deixe claro para o professor que não está fazendo acusações,
apenas mostrando como seu filho se sente e tentando entender o porquê.
"A conversa com o professor pode ser muito rica se os pais estiverem
abertos ao diálogo", afirma Sueli Conte, psicóloga e diretora do Colégio
Renovação, em SP. "Mas se eles chegarem brigando, exaltados, podem
piorar uma situação que seria simples de resolver".
8) Esteja disposto a ouvir mais do que falar
A ideia da conversa é compreender o que está fazendo seu filho sentir
que o professor não gosta dele e vice-versa. "Muitas vezes o professor
nem sabe que existe um problema", afirma a psicopedagoga Neide Saisi, da
PUC-SP. Explique, diga que está preocupado com a situação e peça para o
docente contar seu ponto de vista. Assim vocês podem pensar em conjunto
qual a melhor solução para todos.
9) Compartilhe informações que ajude o professor a entender seu filho
Se a criança acabou de perder alguém da família ou teve uma experiência
traumática na escola, é natural que deixe de fazer as tarefas, fique
triste etc. Explique que não quer justificar a falta de disciplina.
Segundo a psicopedagoga Neide Saisi, da PUC-SP, passar para o professor
informações sobre o passado do seu filho ajuda o educador a entender a
atitude do aluno em relação ao aprendizado e adaptar a forma como se
relaciona com ele.
10) Participe ativamente da educação de seu filho
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo aconselha os pais a
participar de reuniões de pais e mestres e outras solicitadas pela
escola, acompanhar as provas e tarefas dos filhos e verificar o
desempenho da criança através dos seus cadernos. "A presença dos pais na
educação escolar de seus filhos constitui requisito fundamental para a
aprendizagem do aluno", afirma a secretaria em nota. Essa é também a
opinião da psicóloga e diretora do Colégio Renovação, Sueli Conte.
"Entrar sempre em contato com a escola, não apenas quando há um
problema, ajuda a criar confiança tanto dos pais em relação à escola
quanto da escola em relação aos pais. Assim fica mais fácil resolver
problemas quando eles aparecem", diz ela.
11) Não critique o professor na frente do aluno
Por mais crítico que o problema pareça, não fale mal do docente para a
criança ou na frente dela. É o que aconselha a psicóloga Sueli Conte,
autora do livro "Bastidores de uma Escola" (Editora Gente). Segundo ela,
isso só vai aumentar a raiva do seu filho, torná-lo menos aberto a
trabalhar para que o relacionamento melhore e reforçar a ideia de que o
professor é um "vilão". Isso pode se estender para uma visão negativa de
professores em geral e comprometer sua aprendizagem para o resto da
vida escolar.
12) Não prometa uma solução instantânea
Diga para seu filho que se importa com o que está acontecendo e vai
fazer de tudo para que a situação melhore. Mas explique que você não vai
simplesmente ir até a escola e acabar com o problema. "O aluno não pode
achar que é só o pai aparecer, brigar com a escola e vai ficar tudo
bem. Nessas situações, é preciso a colaboração de todos: da família, da
escola, do professor e da criança também", diz Sueli Conte. Por isso os
pais devem mostrar que é preciso trabalhar em conjunto e que pode levar
algum tempo até que as coisas se acertem.
13) Explique para seu filho a importância de aprender a matéria mesmo não gostando do professor
Ajude a criança ou o adolescente a entender que todas as disciplinas
escolares são importantes para o seu desenvolvimento. Elas vão ser úteis
em algum momento e é essencial que ele aprenda. Durante a vida vai
haver diversas situações nas quais ele terá que trabalhar com alguém por
quem não sente simpatia. "Às vezes o problema do aluno pelo professor é
só uma questão de personalidade, de empatia. Principalmente entre
alunos mais velhos", explica Sueli Conte, psicóloga e autora do livro
"Bastidores de uma Escola" (Editora Gente). Se o aluno não for muito
pequeno e se o conflito não for grave, o ano em que estudar com aquele
professor pode ser uma oportunidade para seu filho aprender a lidar com
diferenças de personalidade.
14) Forme um grupo com outros pais
Procure os pais de outros alunos para verificar se o problema se repete
com eles. "Se várias pessoas estão reclamando do mesmo professor, então
não é um problema pontual", afirma a psicopedagoga Neide Saisi. Se
vários pais já tentaram resolver a situação sem sucesso, pode ser o caso
de vocês formarem um grupo e entrarem em contato com a escola em
conjunto.
15) Procure a escola e outras instâncias de ensino
Se você constatar que o professor realmente está agindo de maneira
inadequada, procure o coordenador pedagógico ou o diretor da escola. No
Estado de São Paulo, a rede pública também conta com o
Professor-Mediador Escolar e Comunitário que auxilia nesse tipo de caso.
"Às vezes o problema é realmente o professor. Acontece. Nesse caso a
escola tem que tomar providências", afirma a psicopedagoga Neide Saisi.
Se mesmo assim o problema persistir, e você não puder ou não conseguir
mudar se filho de escola, a Secretaria de Educação do Estado de São
Paulo informa que é possível pedir a intervenção de instâncias
superiores de ensino por meio de um processo formal. Procure a
Secretaria de Educação do seu estado para saber quais são os
procedimentos na sua região do país.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu recentemente, por
unanimidade, que a introdução de cotas raciais no acesso às
universidades públicas federais não viola a Constituição da República,
seguindo a linha adotada nos Estados Unidos há algumas décadas de
introduzir "ações afirmativas" para corrigir injustiças feitas no
passado. A decisão flexibiliza a ideia básica de que todos são iguais
perante a lei, um dos grandes objetivos da Revolução Francesa. Ela se origina na visão de que é preciso aceitar a "responsabilidade
histórica" dos malefícios causados pela escravidão e compensar, em
parte, as vítimas e seus descendentes. A mesma ideia permeia negociações
entre países, entre ex-colônias e as nações industrializadas, na área
comercial e até nas negociações sobre o clima. Sucede que, de modo geral, "compensar" povos ou grupos sociais por
violências, discriminações e até crimes cometidos no passado raramente
ocorreu ao longo da História. Um bom exemplo é o verdadeiro "holocausto"
resultante da destruição dos Impérios Inca e Asteca, na América Latina,
ou até da destruição de Cartago pelos romanos, que nunca foram objeto
de compensações. Se o fossem, a Espanha deveria estar compensando até
hoje o que Hernán Cortez fez ao conquistar o México e destruir o Império
Asteca.
É perfeitamente aceitável e desejável que grupos discriminados,
excluídos ou perseguidos devam ser objeto de tratamento especial pelos
setores mais privilegiados da sociedade e do próprio Estado, por meio de
assistência social, educação, saúde e criação de oportunidades.
Contudo, simplificar a gravidade dos problemas econômicos e sociais que
afligem parte da população brasileira, sobretudo os descendentes de
escravos, estabelecendo cotas raciais para acesso às universidades
públicas do País, parece-nos injustificado e contraprodutivo, porque
revela uma falta de compreensão completa do papel que essas instituições
de ensino representam. Universidades públicas e gratuitas atendem apenas a um terço dos
estudantes que fazem curso superior no Brasil, que é uma rota
importantíssima para a progressão social e o sucesso profissional. As
demais universidades são pagas, o que prejudica a parte mais pobre da
população estudantil. Essa é uma distorção evidente do sistema
universitário do País. Mas o custo do ensino superior é tão elevado que
apenas países ricos como a França, a Suécia ou a Alemanha podem oferecer
ensino superior gratuito para todos. Não é o nosso caso. Essa é a razão
por que existem vestibulares nas universidades públicas, onde a seleção
era feita exclusivamente pelo mérito até recentemente. A decisão recente do Supremo Tribunal Federal deixa de reconhecer o
mérito como único critério para admissão em universidades públicas. E
abre caminho para a adoção de outras cotas, além das raciais, talvez, no
futuro.
Acontece que o sistema universitário tem sérios problemas de
qualidade e desempenho, como bem o demonstra o resultado dos exames da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - garantia da qualidade dos
profissionais dessa área -, que reprova sistematicamente a maioria dos
que se submetem a ele, o mesmo ocorrendo com os exames na área médica. Órgãos do governo como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, ou o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, têm feito esforços para
melhorar o desempenho das universidades brasileiras por meio de
complexos processos de avaliação, que têm ajudado, mas não se mostraram
suficientes. Esses são mecanismos externos às universidades. Na grande maioria
delas, os esforços internos são precários em razão da falta de critérios
e de empenho do Ministério da Educação, que escolhe os reitores, alguns
dos quais, como os da Universidade de Brasília, iniciaram o processo de
criação de cotas raciais como se esse fosse o principal problema das
universidades e do ensino superior no Brasil.
O populismo que domina muitas dessas universidades, há décadas, é a
principal razão do baixo desempenho das universidades brasileiras na
classificação mundial. Somente a Universidade de São Paulo (USP)
conseguiu colocar-se entre as melhores 50 nesse ranking. O problema urgente das universidades brasileiras é, portanto,
melhorar de nível, e não resolver problemas de discriminação racial ou
corrigir "responsabilidades históricas", que só poderão ser solucionadas
por meio do progresso econômico e educacional básico. O governo federal parece ter tomado consciência desse problema ao
lançar o programa Ciência sem Fronteiras, que se propõe a enviar ao
exterior, anualmente, milhares de estudantes universitários, imitando o
que o Japão fez no século 19 ou a China no século 20 e foi a base da
modernização e do rápido progresso desses países. Daí o desapontamento com a decisão da Suprema Corte não só por ter
sido unânime, mas também por não ter sido objeto de uma tomada de
posição de muitos intelectuais formadores de opinião, exceto notáveis
exceções, como Eunice R. Durham, Simon Schwartzman, Demétrio Magnoli e
poucos outros que se manifestaram sobre a inconveniência da decisão. O único aspecto positivo na decisão do Supremo Tribunal Federal foi o
de que simplesmente aceitou a constitucionalidade das cotas raciais,
cabendo aos reitores, em cada universidade, adotá-las e implementá-las. Há aqui uma oportunidade para que os professores mais esclarecidos
assumam a liderança e se esforcem para manter elevado o nível de suas
universidades sem descuidar de tornar o acesso pelo mérito mais
democrático, e sem a adoção de cotas raciais, como algumas universidades
estaduais de São Paulo estão fazendo.
(*) PROFESSOR EMÉRITO DA USP, FOI MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Ler não é um ato mecânico, pelo contrário, deve ser um ato prazeroso
completamente desligado da idéia de obrigatoriedade. Não é fácil gostar
de ler. Quem não adquiriu o hábito durante a infância dificilmente se
encantará a cada vez que entrar em uma livraria. No entanto, muitos já
perceberam que ler é essencial para se conseguir algo nesta vida.
Se você não gosta de ler, mas ao menos gostaria de gostar, aqui vão
dicas que podem ajudar-lhe a se entusiasmar – ou pelo menos a suportar a
relação entre você e os livros. Primeiramente é importante ter a
consciência de que saber ler não significa saber compreender e este é um
problema sério em nosso país. Pelo menos 38% dos brasileiros têm
dificuldade em interpretar aquilo que lê. Isto é grave e deve ser
combatido. Como? Com esforço próprio.
A compreensão depende muito da bagagem cultural do indivíduo e é por
este motivo que a maioria dos livros indica a faixa etária ideal para
lê-los. Se você ainda é jovem, em torno dos 13 anos, procure livros que
tenham a ver com você. Ler Machado de Assis nesta época não vai ajudá-lo
a gostar deste grande nome da literatura brasileira. Cada coisa a seu
tempo. Para gostar de ler é preciso ler aquilo que lhe dá prazer, mesmo
que isto seja um gibi!
Para criar o hábito da leitura, reserve um tempo do seu dia para
praticar. Para que isto dê certo é preciso ser rigoroso, nada de dizer
“ah, eu leio amanhã”. Lendo todos os dias o ato passará a ser
corriqueiro e com o tempo se tornará um hábito inadiável. O ato de ler
pode ser encarado como um ritual: procure um local tranqüilo,
confortável e bem iluminado. Separe algo para beber e fique confortável
(debaixo de uma mantinha quente ou de ar condicionado bem potente). Se
você passar a ler em condições impróprias, o ato de ler pode ser
associado à idéia de desconforto e aí “tchau” hábito da leitura.
Na ânsia de atingir o objetivo você pode acreditar que ler vários livros
ao mesmo tempo pode ajudá-lo. Ledo engano. Um livro por vez é o
indicado. Curta a história, entregue-se aos pensamentos e aproveite este
momento (já ouviu dizer que ler é uma “viagem”?). Preocupe-se em manter
um dicionário por perto, para poder consultar todas as palavras que não
fazem sentido para você. Fazendo isto, além de compreender o que está
lendo, a expressão passará a fazer parte do seu vocabulário.
Escreve bem quem lê muito e escreve melhor quem lê e escreve muito.
Assim como o esporte, a leitura e a escrita devem ser exercitados.
Quanto antes você começar, mais rápido atingirá o seu objetivo e
lembre-se: o vestibular vem aí. Você está preparado para a redação?
Apesar do apelo feito nesta quarta-feira pelo ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, a greve dos docentes das instituições federais de
ensino superior prossegue nesta quinta-feira. De acordo com o Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o
apelo do ministro dá ainda mais visibilidade à paralisação. "A coletiva
do ministro mostra que ele reconhece a força da nossa greve”, disse a
presidente do Andes-SN, Marina Barbosa. Segundo o mais recente levantamento, 41 universidades federais e três
institutos federais de educação aderiram à greve e, portanto, estão sem
aula. Além disso, a partir da próxima segunda-feira, as federais de
Santa Maria (UFSM) e da Grande Dourados (UFGD) vão aderir à paralisação.
"Ao contrário do que disse o ministro, o movimento dos professores não
foi precipitado, estamos presentes em todos os espaços de negociação
desde 2010, apresentando propostas e cobrando respostas do governo", diz
Barbosa.
Também na segunda-feira o Andes realizará uma reunião no Ministério do
Planejamento, onde apresentará suas reivindicações. Os professores pedem
um plano de reestruturação da carreira, que teria sido prometido pelo
governo federal para março deste ano. Entre as reivindicações, está a
redução de níveis de remuneração (de 17 para 13), variação de 5% entre
os níveis e um salário mínimo para a carreira de 2.329,35 reais
referente a 20 horas semanais (atualmente, esse valor é de 1.597,92
reais). Os professores pedem também melhores condições de trabalho e
infraestrutura. Na tarde da quarta-feira, Mercadante comparou os problemas de infraestrutura vividos por universidades federais
às "dores do parto". Além de minimizar os problemas estruturais, o
ministro afirmou que, do ponto de vista das questões salarial e de
carreira, não há razões para a paralisação dos docentes. "Não me lembro
de nenhuma greve semelhante, sem razão de ser", disse.
A argumentação do ministro toma como base um acordo firmado entre o MEC
e as entidades de professores universitários no final do ano passado. O
documento previa reajuste de 4% nos salários a partir de março de 2012,
incorporação de gratificações aos salários e a apresentação, até março
passado, de um novo plano de carreira que passaria a valer em 2013.
Estava acordada ainda a aprovação de um projeto de lei que autoriza o
Ministério da Educação a contratar docentes para dar suporte à expansão
da rede de ensino. A tramitação do projeto de lei está atrasada no Congresso. Ele foi
aprovado na Câmara, mas ainda precisa ser votado no Senado. Mercadante
disse que vem pedindo celeridade aos parlamentares.
O reajuste salarial
também está atrasado devido aos trâmites no Congresso. Foi preciso que o
governo editasse uma medida provisória nesta semana para garantir o
aumento, que sairá em junho, retroativo a março. Sobre a formulação do plano de carreira, o ministro explicou que a
morte de um funcionário do Ministério do Planejamento que liderava as
negociações, o secretário de recursos humanos Duvanier Paiva Ferreira,
atrasou os procedimentos. Duvanier morreu em janeiro após sofrer um
infarto. "O atraso não traz nenhum prejuízo material para os docentes
porque estamos tratando de uma nova carreira para 2013", disse.
No discurso
dos títulos a baciadas, Lula afirmou que chegou ao governo com 6 milhões
de universitários e que, hoje, eles serim 12 milhões. Mentira! Segundo o
Censo Universitário, no fim de 2010, assinado por Haddad, havia 6,37
milhões de estudantes no terceiro grau — 14,7% estão na modalidade
“ensino à distância”...
Disse ter criado novas universidades federais. Mentira também! Deve
chegar, no máximo, à metade. Algumas “universidades novas” são campi
avançados ou divisão de instituições anteriores. Em 2010, as
universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes A MENOS do
que em… 2004! As
universidades federais brasileiras mais incharam do que cresceram. Lula e
Haddad foram criando alguns puxadinhos e puxadões Brasil afora, sem
oferecer as condições mínimas necessárias para um ensino de qualidade.
As mentiras têm sido reproduzidas por aí, com base em releases
distribuídos por assessorias de comunicação. É chegada a hora de visitar os campi
dessas novas “universidades federais” criadas por Lula e Haddad e saber
como funcionam. Vamos ver como estão seus laboratórios, bibliotecas e
salas de aula, conhecendo também os docentes, seu regime de trabalho e
sua qualificação intelectual e técnica.
Já conhecemos os milagres de Lula. Agora só falta conhecermos a verdade.
O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira o calendário para
inscrição e aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste
ano. A prova ocorrerá nos dias 3 e 4 de novembro. As inscrições estarão
disponíveis a partir da próxima segunda-feira, 28, até 15 de junho. O
edital com as novas regras do exame será divulgado amanhã no "Diário
Oficial da União". O gabarito da prova será divulgado no dia 7 de novembro e o resultado em
28 de dezembro. A prova será aplicada em 140 mil salas de aula. A redação dos estudantes inscritos no Enem deste ano será submetida a um novo sistema de correção. A intenção é aumentar o rigor na avaliação dos textos e, assim, evitar pedidos de revisão da nota. Em 2011, o Enem teve 5,3 milhões de candidatos, número recorde de
inscritos. "Ele é um instrumento que se consolidou exatamente porque
permite igualdade de oportunidade e de acessos", afirmou o ministro
Aloizio Mercadante (Educação). O governo chegou a anunciar que neste ano haveria duas edições do exame
--uma em abril e outra em novembro, mas acabou recuando da decisão. De acordo com o Ministério da Educação, a realização de duas edições
iria sobrecarregar a estrutura logística do exame. A presidente Dilma
Rousseff já prometeu que, em 2013, haverá duas edições do exame. O Enem é usado por universidades públicas para o ingresso de estudantes
na graduação. O exame é utilizado ainda como pré-requisito para o aluno
ter acesso ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e ao ProUni
(Programa Universidade para Todos).
Muitos
leitores deste blog, embora eu não possa precisar quantos exatamente,
devem ficar chocados quando eu me refiro a certas pessoas como idiotas.
Seria um insulto, um exagero meu, um despeito contra quem supostamente
ficou famoso, e contra quem eu teria sérias restrições, representando,
portanto, alguma inveja minha ou crítica indevida.Várias
vezes referi-me a Paulo Freire, como o supremo idiota da educação
brasileira (pior, acho que falei em calamidade educacional que
exportamos para o resto do mundo), e tive comentários discordantes,
alguns até raivosos. Enfim, todo mundo tem o direito de discordar dos
meus posts e, desde que as críticas sejam fundamentadas, não tenho
nenhuma objeção a publicar aqui.
E
eu tenho o direito de chamar idiotas de idiotas, mas reconheço que
também preciso fundamentar minhas "acusações" de idiotice. O problema,
eterno, terrível, é que leio muito, mas nem sempre tenho tempo de
resumir, sintetizar, explicar tudo o que leio, justificando, portanto,
meus julgamentos, geralmente sérios, mas embasados em leituras não
reveladas. Concordo, também, em que chamar alguém de idiota,
simplesmente, não é muito eficiente, em termos práticos, pois muita
gente acha o idiota em questão um grande intelectual, e o interlocutor
pode ficar chocado pela minha expressão de desprezo pelo
"intelequitual".
Enfim,
existem muitos idiotas, no Brasil e no mundo, que mereceriam ser
desmascarados, mas eles são muitos, efetivamente, e como o mundo também
tem muitos idiotas, sempre tem público para certas idiotices.O
Brasil, como sempre digo, não é tão atrasado materialmente -- já que o
progresso é uma fatalidade, como já disse alguém -- como ele é atrasado
mentalmente, e nos últimos tempos, os responsáveis políticos e
econômicos -- e sobretudo os "educacionais" e pedagógicos -- têm se
esforçado para atrasá-lo ainda mais, retrocedendo o Brasil meio século
para trás. Talvez até mais, mas isso veremos mais adiante...
Por
isso que a atribuição a Paulo Freire do título de patrono da educação
brasileira combina com esse atraso. Só atrasados mentais seriam capazes
desse crime contra a educação brasileira. Mas existem várias outras
idiotices sendo cometidas em outros setores.Paulo
Freire permanece, no entanto, um caso exemplar, e para mim dramático.
Ele já influenciou 5o anos de formação de professores e pedagogos, e vai
continuar influenciando pelo menos uma geração mais (estou sendo
otimista, claro) nos anos à frente. Por isso mesmo sou, como já disse,
absolutamente e relativamente pessimista quanto ao futuro da educação
brasileira: acho que vamos continuar recuando, mentalmente, do
pré-primário à pós-graduação, sem possibilidade de recuperação.
O leitor rotineiro deste blog poderá se perguntar: o que o mensalão tem a ver com educação? Respondo: tudo. O dinheiro desviado naquele episódio e que tinha o objetivo de assegurar a aprovação de temas de interesse do governo Lula e por consequência assegurar a manutenção do projeto de tomada de poder pelo PT, faltou na boca dos alunos na hora da merenda escolar, faltou para reequipar as Forças Armadas, faltou para garantir serviços justos e dignos na saúde pública, faltou para promover projetos de ressocialização de detentos em final de pena, enfim, faltou para um monte de coisas.
Seria inocência supor que, após a descoberta e denúncia, o mensalão deixou de existir. Com certeza se travestiu em outras facilidades que os poderes legislativo e executivo em nível nacional devem estar carecas de saberem os caminhos. Mas mesmo denunciado, o processo ainda aguarda julgamento. Dos 40 inicialmente envolvidos, apenas 36 serão julgados por crimes contra a administração pública. Na semana em que a presidente da República divulgou os nomes que comporão a desnecessária e revanchista comissão da verdade, nada mais justo que nós, brasileiros decentes, também soubéssemos da possível data do julgamento do esquema mensaleiro.
Essa sim seria a verdadeira comissão da verdade, pois ajudaria a apresentar na forma mais transparente possível os feitos dessa gente que durante tanto tempo enganou e lesou o brasileiro de boa fé. Quanto à comissão que servirá como tribunal da história, nomeada há poucos dias por Dilma e que terá o grande objetivo de conceder ao passado a versão da esquerda em armas, só nos resta lamentar, até porque a ruptura que as Forças Armadas se permitiu em relação aos seus valores e ao seu passado de socorro ao Brasil só facilitará o trabalho sujo que infelizmente será regado a dinheiro público.
Se você digita uma palavra no Google, em menos de um segundo o
buscador vai apresentar alguns milhares de resultados que mencionam o
termo. Alguns deles, de fato, podem ajudar muito na sua busca; outros,
nem tanto. Para ensinar estudantes e professores a separar o joio do
trigo e ajudá-los a fazer pesquisas mais qualificadas, o Google lançou,
este mês, o site Search Education (www.google.com/insidesearch/searcheducation). Ainda completamente em inglês, o site é voltado a professores
interessados em ensinar estratégias de pesquisa a seus alunos ou a
usuários que querem otimizar suas buscas.
“Nós decidimos ensinar a
pesquisar porque o Google tem uma gama de ferramentas, mas a maioria das
pessoas só conhece parte delas”, diz Tasha Bergsin-Michelson, educadora
do Google. Uma das seções do site é a Lessons Plans, ou planos de aula, em
português. Nela, é possível encontrar os tutorias em três níveis de
dificuldade que ensinam educadores com mais ou menos intimidade com o
Google a pesquisar. Os vídeos dão dicas de como escolher os termos de
pesquisa mais adequados, entender o resultado da busca, restringir a
pesquisa para chegar a melhores resultados e até avaliar a credibilidade
da fonte de informação.
A estratégia do Google de falar aos professores tem como objetivo
fazer o treinamento chegar aos alunos para torná-los capazes de aprender
sozinhos e de ser bons questionadores. “Nós precisamos cultivar a
autonomia da aprendizagem nos nossos estudantes, para que, quando eles
saírem para o mundo, depois do ensino médio, na faculdade, na carreira
ou na vida, eles saibam como pesquisar e pensar criticamente”, diz Anne
Arriaga, bibliotecária e membro da equipe de educadores do Google. No Search Education, os professores encontram também uma série de
sugestões para desafiar os alunos. Dividido por disciplinas como
história, geografia, biologia, o Google Day Challenge propõe atividades
em que os estudantes serão testados tanto no conhecimento da matéria
quanto nas ferramentas do buscador. Pelo site, o professor recebe dicas
de como conduzir o exercício.
As atividades específicas foram desenvolvidas a partir do currículo
norte-americano e, por enquanto, não há previsão de que a ferramenta
seja traduzida ou adaptada para o ensino brasileiro. Para os vídeos
gerais, que falam sobre as funcionalidades do Google, no entanto, as
dicas podem ser muito úteis. O único problema é que todos os tutoriais são em inglês. Quem não
domina o idioma, porém, pode recorrer à ajuda do próprio Google para
decifrá-los. Ao clicar no botão CC, na parte inferior da tela, é
possível selecionar a opção de ter a transcrição do áudio. Com o áudio
transcrito, é só jogar o texto para ser traduzido pelo Google Tradutor.
Dia das mães, dia da Mãe Maria. Eu e minha família somos espíritas e temos a mais profunda noção da posição hierárquica que Maria, mãe carnal que Jesus teve em sua passagem pelas áridas paisagens terrenas, ocupa nas hostes celestiais que prestam o fundamental serviço de orientar os habitantes do planeta Terra na busca incessante do bem. Por isso mesmo, elevamos nosso pensamento aos céus nesse 13 de maio, dia das mães e dia em que a Igreja Católica comemora a aparição da Mãe Celeste aos 3 pastorinhos em Fátima, Portugal, para pedir a Deus que seus mensageiros divinos esclareçam o povo brasileiro quanto ao muito em que estamos todos na contramão da marcha natural de nosso progresso como Nação, à medida em que o racismo de oportunidade está sendo imposto em nossa cultura. Refiro-me ao incidente em que uma peça televisiva levada a efeito com uma música da autoria de Alexandre Pires, ex-Só prá contrariar, na qual o referido artista cantou e dançou fantasiado de macaco junto ao jogador santista Neymar foi criticada como tendo gerado atos de segregação racial.
O fato, ora denunciado pelo MPF como incitação ao racismo, foi protagonizado por ONGs que tratam do acompanhamento virtual de mensagens racistas e que veicularam uma insatisfação em relação à arte do cantor negro, que contou com a participação de um jogador de futebol não menos mulato. Como o próprio Alexandre Pires comenta "Devemos tratar toda e qualquer brincadeira com macacos e gorilas como
uma referência a ser apagada da nossa memória? King Kong, Chita, Monga,
eram todos personagens com alguma leitura que não a do genuíno
entretenimento?". Minhas observações sobre esse caso no mínimo estapafúrdio remetem ao absurdo e ao receio de que agora toda brincadeira de roda na escola em que sou coordenadora tenha que doravante passar pelo crivo do macaco, ou seja, será que tudo agora terá que ser descolorido? Acho que nem a Mãe Maria, que ganhou cores de brasilidade na Padroeira do Brasil está satisfeita com essa involução cultural. Valei-nos Mãe de Jesus. Nesse dia em que reverenciamos nossas queridas mães, concede juízo aos Teus filhos. Que pensem e ajam como homens e não como macacos.
As principais pesquisas em Educação do mundo mostram que um bom
professor é capaz fazer qualquer aluno aprender e ainda é capaz de
potencializar seus estudantes. O professor é o principal responsável
pelo sucesso da aprendizagem e sua atuação em sala é determinante para o
desempenho dos alunos. "A qualidade de um sistema educacional não será
maior que a qualidade de seus professores", consta no levantamento "Os Sistemas Escolares de Melhor Desempenho do Mundo Chegaram ao Topo", realizado pela consultoria McKinsey. "Não
existe educação de qualidade sem o bom professor. O professor é o
profissional mais estratégico para uma boa aprendizagem, é a peça chave e
por isso precisa estar apto para transmitir o conteúdo de forma
adequada", diz a secretária de Educação Básica do ME, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva. Aptidão
para ensinar a matéria não depende apenas do domínio do conteúdo. O
saber é importante, mas há inúmeros pontos que fazem do professor, um
profissional de qualidade. Para identificá-los e cobrar do diretor uma
melhor seleção e estímulo e para que o professor do seu filho esteja em
condições de lecionar adequadamente é preciso estabelecer alguns
critérios e ficar atento.
1) O bom professor tem uma formação de qualidade
O que é uma formação de qualidade? Não é apenas dominar o conteúdo que
será ensinado, mas saber a melhor maneira de passar esse conteúdo.
Foi-se o tempo em que escrever a matéria na lousa e pedir para os alunos
copiarem significava algo. Hoje, sabe-se que o bom professor precisa
dominar as técnicas de ensino, a didática. Saberes relacionados a
tecnologias no ensino também são interessantes.
É importante que a formação dos professores não tenha se limitado a
dados e disciplinas teóricas. Antes de mais nada, ele deve ter aprendido
na faculdade tanto os conteúdos quanto a maneira de ensinar, ou seja, a
formação pedagógica (os conteúdos da docência). Isso é, aliás,
reiterado pela pesquisa "Professores do Brasil: impasses e desafios", promovida pela UNESCO em 2008.
Outro
ponto importante é o início da carreira. Um bom professor deve ter tido
contato com outro bom professor. Deve ter feito um estágio e ter sido
monitorado durante um período. Depois, ao começar a lecionar, deve ter
sido orientado permanentemente. "É essencial uma boa formação inicial,
uma carreira com prática orientada, supervisionada por gestores e
professores mais experientes", diz Maria do Pilar Lacerda. "O período
probatório deve servir não apenas para avaliá-lo, mas principalmente ser
encarado como um momento de adaptação e conhecimento da prática, que
sem dúvida é o espaço mais formador".
O problema é que nem todo
professor tem formação universitária. A pesquisa da Unesco mostra que,
na educação infantil, menos da metade dos que exercem as funções
docentes (45,7%) cursaram o nível superior. Já entre a 5ª e a 8ª serie, o
percentual sobe para 85,5%. No ensino médio, a realidade melhora:
95,4% dos docentes completaram o nível superior.
2) O bom professor não para de estudar
A ininterrupta formação do professor é um dos fatores essenciais para se
ter um professor de qualidade. "É importante ter interesse em novas
metodologias, estar sempre atualizado e buscar a própria superação. Isso
contribui muito para a formação de bons profissionais", diz Catarina
Greco, orientadora educacional do Coluni (Colegio de Aplicacao da
Universidade Federal de Viçosa), melhor escola publica no Enem 2008.
Constituída
por atividades que têm como objetivo a construção e a socialização de
conhecimentos, a formação continuada vem fazendo parte cada vez mais das
perspectivas dos profissionais de educação, que priorizam tanto a
formação como cidadão, quanto como docente. "A oportunidade de
desenvolver o conhecimento por meio de uma formação que seja contínua é
direito de todo professor e contribui muito para sua superação",
completa a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda.
Na prática
isso acontece pouco. Segundo dados do último Censo de Profissionais do
Magistério da Educação Básica, feito em 2003, apenas 45% dos professores
participaram de alguma atividade extracurricular ou curso, presencial
semipresencial ou à distância nos dois anos anteriores.
Para
agravar ainda mais a situação, o consumo cultural por parte dos docentes
é extremamente restrito - mesmo sendo importantes mediadores na
transmissão de cultura para os alunos. Pesquisa que traça o perfil do
professor brasileiro, promovida pela UNESCO, em 2004, revelou que cerca
de 40% dos profissionais entrevistados nunca haviam assistido a uma peça
de teatro, 25% jamais tinham ido ao cinema e, por fim, 45% não
conheciam um museu ou foram somente uma vez.
3) O bom professor é didático
Todo aluno é capaz de aprender. E todo professor deve ser capaz de
ensiná-lo. "De nada adianta um profissional cursar a melhor faculdade,
mas não ter didática, paciência e sensibilidade para respeitar o tempo e
as diferenças de cada aluno", diz a secretária do MEC, Maria do Pilar
Lacerda. O professor deve se valer de técnicas que viabilizem a
aprendizagem das crianças.
"Os alunos têm tempos diferentes de
absorção de conteúdo, cabe ao professor perceber as dificuldades e a
individualidade dos estudantes e assim desenvolver métodos de acessar
cada um", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.
Isso, junto ao respeito e a atenção direcionada que o professor pode
tranqüilizar os alunos que têm mais dificuldade de aprendizado e fazer
com que o desempenho deles melhore a longo prazo.
Produzir
materiais individuais, incentivar que os alunos se ajudem entre si e
oferecer exercícios de reforço são alguns dos recursos que o professor
pode utilizar para que nenhum aluno fique para trás e assim igualar o
nível da turma.
4) O bom professor motiva e inspira seus alunos
"A maior bandeira que um professor de qualidade levanta é a relação que
tem com seus alunos", diz a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda.
Uma relação positiva entre o docente e o estudante faz toda a diferença
no aprendizado. Sentir-se confortável e seguro diante do professor é
estimulante para qualquer um.
Receptividade, paciência,
sensibilidade, atenção e respeito são essenciais. "A forma de conduzir
os alunos, acompanhá-los, de respeitar as diferenças, ter um bom
relacionamento com pais e interesse pelos estudantes favorecem a
aprendizagem, assim como a empatia e a disponibilidade, desde que isso
não comprometa a autoridade do professor, o que também é importante",
explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.
5) O bom professor entra na realidade do aluno
Para que o aluno se identifique com o professor, é preciso que este
conheça sua realidade. "Reconhecer o que é infância, adolescência,
respeitar as fases de amadurecimento, identificar diferenças e conhecer o
processo cultural nos quais os jovens se envolvem são itens
importantes, já que a relação entre professor e aluno inevitavelmente
compreende um choque de gerações, valores e culturas", diz a secretária
do MEC, Maria do Pilar Lacerda.
Conhecer e imergir na realidade
dos alunos é uma característica importantíssima que o professor de
qualidade deve apresentar, já que isso representa não apenas uma
aproximação entre as duas partes, como um acesso mais fácil e uma
adaptação de postura, quando necessário.
6) O bom professor estimula a curiosidade
A curiosidade impulsiona o conhecimento, já que instigados por um
determinado assunto, os alunos passam a se interessar mais, buscar novas
informações e tirar dúvidas, o que promove o debate e beneficia a
aprendizagem. Os alunos devem se sentir bem e à vontade na escola para
expressar a curiosidade. A maneira com a qual o professor lida com
dificuldade dos alunos é de fato determinante para a aprendizagem, uma
vez que inibidos para tirar as dúvidas, as questões não solucionadas se
acumulam e consequentemente atrasam e comprometem o desempenho.
"Bons
professores brotam de alunos que indagam, que questionam, o que sem
dúvida são ótimos caminhos para a aprendizagem. O professor que não
responde e se incomoda com estudantes que perguntam demais não passa de
um burocrata, ele dá a matéria e pronto, o que de maneira alguma é o
ideal", opina Maria do Pilar Lacerda.
7) O bom professor está disponível
Limitar-se à grade curricular é o pior erro que um professor pode
cometer. Além de não motivar os alunos e restringir a relação
exclusivamente ao âmbito profissional, sem afetividade, o próprio
professor sai perdendo, já que os alunos, apesar de estarem na posição
de aprendizes, muitas vezes também têm muito a oferecer.
"Criar
uma parceria com o aluno, na qual os dois aprendam, estejam abertos a
críticas e dispostos a crescer e melhorar é outro fator totalmente
determinante no aprendizado dos estudantes. O professor não pode ter uma
sensação de auto-suficiência, ao contrario, o conhecimento dele deve
ser construído em parceria com o aluno e vice-e-versa, assim, está em
constante formação", explica Cataria Greco.
8) O bom professor é valorizado
Assim como os alunos, os professores também precisam ser estimulados.
Melhores salários, cargas horárias justas e até mesmo bonificações
periódicas são alguns recursos que os gestores das escolas podem
utilizar para gratificar os docentes e fazer com que eles se sintam
valorizados, o que sem dúvida reflete em seu desempenho em sala de aula.
Conhecer
as ações que a escola do seu filho promove para que seus profissionais
se sintam motivados é outra maneira de acompanhar de perto a realidade
dos professores. Docentes que trabalham em condições corretas
consequentemente conseguem transmitir o conteúdo de forma produtiva aos
alunos.
9) Como identificar o bom professor
Todos os itens a cima formam um conjunto de atributos que bons
professores apresentam. Ser crítico quanto a isso é a melhor forma de
verificar a qualidade da escola do seu filho e se os professores têm
condições de contribuir para boa aprendizagem de seus alunos. "Isso só
acontece de forma adequada quando há uma troca positiva entre o aluno e o
professor, o que só é possível com bons profissionais, que
posteriormente podem estimular os alunos e assim sucessivamente",
explica a orientadora educacional Cataria Greco.
Além da
formação, o determinante é a atitude diante dos alunos. "A principal
característica que um professor de qualidade apresenta é a maneira de
conduzir a curiosidade e as dúvidas de cada aluno", diz Maria do Pilar.
Catarina completa, "um bom professor potencializa um bom aluno e
vice-e-versa", Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.
Vocês conhecem alguém que tenha sido alfabetizado pelo método Paulo
Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que existem, chegou a
demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica,
científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo
já sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre
Paulo Freire é um ilustre desconhecido. As técnicas que ele
inventou foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto
Rico e outros lugares. Não produziram nenhuma redução das taxas de
analfabetismo em parte alguma. Produziram, no entanto, um
florescimento espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos
comunistas do mundo. O homem foi celebrado como gênio, santo e profeta. Isso
foi no começo. A passagem das décadas trouxe, a despeito de todos os
amortecedores publicitários, corporativos e partidários, o choque de
realidade.
Eis algumas das conclusões a que chegaram, por experiência,
os colaboradores e admiradores do sr. Freire: “Não há
originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua
alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico
político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for
Freire”, Saturday Review of Education, Abril de 1973.) “Ele deixa
questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um
outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles
sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua
política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e
libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da
mudança revolucionária?” (David M. Fetterman, “Review of The Politics of
Education”, American Anthropologist, Março 1986.)
“[No livro de
Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A
definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’.
Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio,
não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed;
Library Journal, Abril, 1971.) “A ‘conscientização’ é um projeto
de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa.
Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas
pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente
oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger, Pyramids of
Sacrifice, Basic Books, 1974.) “Alguns vêem a ‘conscientização’
quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote.
Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de
vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It's All About”, New
Internationalist, Junho de 1974.) “A Pedagogia do Oprimido não
ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J.
Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American
Educational Studies Associationem Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.) “Sua
aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante
vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao
papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” (Rolland G.
Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”,
Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992.)
“Algumas
pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os
métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos
desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley
Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in
Continuing Education, 1972.) Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I). Não
há ali uma única crítica assinada por direitista ou por pessoa alheia
às práticas de Freire. Só julgamentos de quem concedeu anos de vida a
seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus própios olhos que a
pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de uma opressão da
pedagogia. Não digo isso para criticar a nomeação póstuma desse
personagem como “Patrono da Educação Nacional”.
Ao contrário: aprovo e
aplaudo calorosamente a medida. Ninguém melhor que Paulo Freire pode
representar o espírito da educação petista, que deu aos nossos
estudantes os últimos lugares nos testes internacionais, tirou nossas
universidades da lista das melhores do mundo e reduziu para um tiquinho
de nada o número de citações de trabalhos acadêmicos brasileiros em
revistas científicas internacionais. Quem poderia ser contra uma decisão
tão coerente com as tradições pedagógicas do partido que nos governa?
Sugiro até que a cerimônia de homenagem seja presidida pelo ex-ministro
da Educação, Fernando Haddad, aquele que escrevia “cabeçário” em vez de
“cabeçalho”, e tenha como mestre de cerimônias o principal teórico do
Partido dos Trabalhadores, dr. Emir Sader, que escreve “Getúlio” com LH.
A não ser que prefiram chamar logo, para alguma dessas funções, a
própria presidenta Dilma Roussef, aquela que não conseguia lembrar o
título do livro que tanto a havia impressionado na semana anterior, ou o
ex-presidente Lula, que não lia livros porque lhe davam dor de cabeça.
No dia 06 de maio de 1895 nasceu Júlio
César de Melo e Souza, mais conhecido como Malba Tahan. Escritor e
professor de Matemática, ele é autor de inúmeras obras literárias,
dentre elas O Homem que Calculava, que relata as enigmáticas histórias de um calculista repleto de estratégias matemáticas na resolução de problemas cotidianos. Em referência a Júlio Cesar de Melo e Souza, o Dia Nacional da Matemática é comemorado em 6 de maio,
de acordo com uma lei aprovada pelo Congresso Nacional no ano de 2004,
no intuito de divulgar a ciência como uma importante ferramenta de
trabalho humano. Nesse dia, os matemáticos ligados à área
da educação devem promover dinâmicas, com o objetivo de divulgação da
data comemorativa, bem como demonstrar que a Matemática é
definitivamente importante na evolução da sociedade, visto que seu
próprio crescimento ocorreu de acordo com o processo de modernização
regido pelas ações humanas ao longo do tempo. Esse trabalho de divulgação também tem o
propósito de mostrar às pessoas que a Matemática não é tão complicada
como muitos pensam. Suas aplicações facilitam o entendimento em
processos de contagem relacionados a cálculos diários e cotidianos. As
instituições escolares possuem papel decisivo nessa divulgação, que pode
ocorrer através de palestras, oficinas, feiras, mostras de trabalhos
confeccionados pelos alunos, abordando as inúmeras utilizações da
Matemática.
O
IBGE lançou um
mapa-mundi
digital, com
síntese, histórico, indicadores sociais, economia, redes,
meio ambiente, entre outras curiosidades. Vale a pena acessar aqui.
Uma pedagoga interessada em apresentar soluções que conduzam a educação nacional a um patamar que permita ao país realmente crescer. Licenciada em pedagogia e coordenação pedagógica, pós-graduada em educação infantil e educação inclusiva, e pós-graduanda em gestão escolar e coordenação pedagógica e psicopedagogia clínica, institucional e hospitalar. Coordenadora pedagógica que, nas horas vagas, é uma ótima cozinheira.