O historiador escocês Carl Honoré é defensor de uma vida na qual crianças sejam crianças, brincadeiras sejam brincadeiras e pais consigam, em vez de dar tantos acessos e atividades aos filhos, fornecer atenção e tempo a eles. Em viagens a vários centros urbanos e na leitura das recentes pesquisas sobre desenvolvimento infantil, ele aponta os excessos e acertos das famílias. O resultado está no livro Sob Pressão, que será lançado no Brasil pela Editora Record.
A pesquisa para o livro mudou sua concepção sobre a educação?
Aprendi que não tem problema relaxar, dar um passo atrás e deixar as coisas acontecerem em vez de simplesmente pular etapas e forçar as crianças a um excesso de obrigações. É crucial que pais encontrem um equilíbrio porque crianças educadas sob pressão são menos criativas, mais entediadas e não aprendem com riscos e erros. Não sabem pensar por elas mesmas e não aprendem a olhar dentro delas e entender quem elas são, de tão ocupadas que estão. Elas nunca vão crescer.
O que dizer aos pais que acreditam que só assim estarão preparando seus filhos para o futuro?
Que o problema é ir longe demais. Estamos impondo a competição e a pressão do mundo adulto ao mundo infantil, o que é ruim para todo mundo. Não defendo uma vida livre de compromissos. Crianças precisam de estrutura, disciplina e rigor. E crianças precisam, mais do que tudo, de amor e atenção. Mas os pais precisam confiar nos seus instintos, escutar e observar as crianças. Filho não é projeto ou produto, é uma pessoa que será protagonista de sua própria vida.
Como promover essa mudança?
É preciso respirar fundo e desacelerar. Perder o medo de errar e tentar tirar do caminho nosso próprio ego, fobias, inseguranças, fantasias e ansiedades e colocar as crianças em primeiro lugar. A ironia é que crianças que crescem com menos pressão têm mais chance de se tornarem adultos saudáveis, felizes, mais criativos e bem sucedidos. É importante mostrar as evidências científicas para pais e professores tomarem decisões mais embasadas. Já existe um forte movimento que está buscando um equilíbrio para seus filhos.
Qual a reflexão que o senhor gostaria de deixar para os pais?
Acredito que em todo o mundo, pais e mães terminarão o livro com um suspiro de alívio. Minha intenção é inspirar pais e professores a relaxar e procurar um equilíbrio natural entre fazer demais para as crianças e não fazer o suficiente, a reconquistar a confiança neles mesmos para resistir às pressões da sociedade e encontrarem sua própria maneira de educar. Não existem fórmulas mágicas para educar filhos. Cada criança e cada família são únicas. O segredo é encontrar o que funciona melhor para cada um, sem seguir o que os outros estão fazendo.
Fonte: Estado de SP
A pesquisa para o livro mudou sua concepção sobre a educação?
Aprendi que não tem problema relaxar, dar um passo atrás e deixar as coisas acontecerem em vez de simplesmente pular etapas e forçar as crianças a um excesso de obrigações. É crucial que pais encontrem um equilíbrio porque crianças educadas sob pressão são menos criativas, mais entediadas e não aprendem com riscos e erros. Não sabem pensar por elas mesmas e não aprendem a olhar dentro delas e entender quem elas são, de tão ocupadas que estão. Elas nunca vão crescer.
O que dizer aos pais que acreditam que só assim estarão preparando seus filhos para o futuro?
Que o problema é ir longe demais. Estamos impondo a competição e a pressão do mundo adulto ao mundo infantil, o que é ruim para todo mundo. Não defendo uma vida livre de compromissos. Crianças precisam de estrutura, disciplina e rigor. E crianças precisam, mais do que tudo, de amor e atenção. Mas os pais precisam confiar nos seus instintos, escutar e observar as crianças. Filho não é projeto ou produto, é uma pessoa que será protagonista de sua própria vida.
Como promover essa mudança?
É preciso respirar fundo e desacelerar. Perder o medo de errar e tentar tirar do caminho nosso próprio ego, fobias, inseguranças, fantasias e ansiedades e colocar as crianças em primeiro lugar. A ironia é que crianças que crescem com menos pressão têm mais chance de se tornarem adultos saudáveis, felizes, mais criativos e bem sucedidos. É importante mostrar as evidências científicas para pais e professores tomarem decisões mais embasadas. Já existe um forte movimento que está buscando um equilíbrio para seus filhos.
Qual a reflexão que o senhor gostaria de deixar para os pais?
Acredito que em todo o mundo, pais e mães terminarão o livro com um suspiro de alívio. Minha intenção é inspirar pais e professores a relaxar e procurar um equilíbrio natural entre fazer demais para as crianças e não fazer o suficiente, a reconquistar a confiança neles mesmos para resistir às pressões da sociedade e encontrarem sua própria maneira de educar. Não existem fórmulas mágicas para educar filhos. Cada criança e cada família são únicas. O segredo é encontrar o que funciona melhor para cada um, sem seguir o que os outros estão fazendo.
Fonte: Estado de SP
0 comentários:
Postar um comentário