Solidária ao imenso sofrimento dos pais, transcrevo uma reportagem que nos alerta para uma atividade que vez por outra enluta alguma família, choca a opinião pública e arrasta para o esgoto os créditos da instituição que abriga tamanha fatalidade. O fio tênue que separa a fatalidade da irresponsabilidade é algo que deve sempre nos remeter, educadores que somos e que lidamos com crianças, a profundas reflexões. Por ter trabalhado por 2 anos no Colégio Dromos e por termos passado lá, eu e meus filhos, momentos maravilhosos nesse período naquele educandário, tendo sido acolhidos com muito carinho, envio minha solidariedade também aos queridos profissionais da escola, em especial à Professora Amábile, competente Diretora. Vamos à reportagem:
Do Correio Braziliense:
Menina de 2 anos morre afogada durante aula de natação em escola na Asa Sul
Uma criança de 2 anos morreu afogada durante uma aula de natação no colegio Dromos, na 609 Sul, no início da tarde desta terça-feira (8/2). A pequena Daniela Camargo Casali estava em seu segundo dia na escola e participava da aula quando aconteceu o acidente. A criança foi levada ao Hospital Santa Lucia, na Asa Sul, mas não resistiu. De acordo com o delegado-chefe Watson Warmling, da 1ª Delegacia de Polícia, havia cerca de 10 crianças na aula, que acontecia na piscina infantil. Na escola há duas piscinas, uma rasa e outra maior e funda, onde a menina se afogou. Ambas são separadas por grade, mas interligadas por um portão. Segundo o titular, dois professores estavam dentro da piscina com as crianças enquanto outros três acompanhavam do lado de fora. "A principal hipótese é que a criança tenha saído da água, se separado do grupo e caído na piscina maior", disse.
Um inquérito para investigar as causas do acidente já foi aberto e testemunhas começaram a ser ouvidas. "já começamos as oitivas. Queremos ouvir todos os professores e assistentes que participavam da aula de natação e depois vamos analisar a conduta dessas pessoas para saber se houve ou não negligância", explicou. A escola não vai funcionar nesta quarta-feira (9/2). À medida que os pais chegavam para buscar os filhos eram avisados de que não haveria aula, mas desconheciam os motivos. Os professores prometeram conversar com todos em outra ocasião. Alguns ficavam sabendo por outras pessoas.
De acordo com a diretora da escola, Amábile Pacios, que também é presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF), o alvará de funcionamento da escola está em ordem e os professores são qualificados. "Foi uma fatalidade. Normalmente oito profissionais acompanham as aulas de natação e, nesse início, por ser fase de adaptação, havia 12 professores, inclusive a coordenadora da escola", disse. Após o afogamento, a menina foi socorrida por funcionários da escola. "Temos profissionais com o curso de socorrista. Os bombeiros só chegaram quando a criança já estava no hospital. A maior preocupação agora é com os pais da criança", explicou a diretora. Segundo ela, Daniela cursava o jardim de infância. "É muita dor, muita dor, muita dor", disse, muito abalada.
Segundo Amábile, a natação faz parte da grade horária e todas as crianças participam. "Vou ouvir depoimentos, ouvir professores e buscar a responsabilidade dentro da escola", garantiu. De acordo com ela, os pais das outras crianças já são avisados da tragédia. "Todos estão consternados, é desesperador", concluiu.
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