Ludicidade e deficiência visual
Por Cristiane Conceição Dias
Nos últimos anos houve um aumento significativo da inclusão de alunos com deficiência na escola regular. Apesar deste avanço surge um novo desafio: o que fazer para potencializar a aprendizagem destes alunos? Destacando a deficiência visual que se aplica nas formas de cegueira e baixa visão, onde a cegueira significa a perda total da visão e baixa visão significa as doenças ou erros de refração que implicam na qualidade da visão, a atividade lúdica apresenta-se como uma forte aliada e colaboradora para a aprendizagem, pois a partir do momento que são desenvolvidas atividades que incluem e propiciam o prazer pleno da criança, aumentam as chances de que ela aprenda aquilo que foi proposto, onde o resultado será satisfatório.
Porém devem-se levar em conta quais são os métodos utilizados para a aplicação da atividade, porque para alunos cegos, por exemplo, atividades totalmente visuais ou que dependam da visão para o seu desenvolvimento, não propiciarão para estes, o aprendizado necessário, mas se forem adaptadas (colocando objetos em alto-relevo, por exemplo), o aluno cego terá a possibilidade de usar o tato para compreender a atividade. Já para alunos com baixa visão, as cores vivas e intensas devem estar presentes na sala de aula, pois são importantes para uma melhor percepção visual e o professor deve preocupar-se em saber que tipo de deficiência visual a criança possui para efetuar as atividades que se adequem às suas necessidades. Vale ressaltar que, mais do que aplicar práticas e estratégias de aprendizagem, o professor tem o dever de fazer com que o aluno sinta-se acolhido e valorizado, enfatizando sempre que todos são capazes de aprender independente da sua deficiência.
Referências:
Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos cegos e de alunos com baixa visão. 2. ed. Coordenação geral SEESP/MEC. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
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