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12 de março de 2012

Inclusão sem capacitação

  
Cresce número de alunos especiais em universidades


Primeiro jovem com síndrome de Down aprovado no vestibular da Universidade Federal de Goiás, Kallil Assis Tavares começou a assistir às aulas do curso de Geografia há uma semana, e o sucesso dele mostrou que a capacidade de aprendizado de pessoas com necessidades especiais às vezes surpreende até os pais. A prova está no aumento do número de pessoas com algum tipo de deficiência matriculadas em cursos de graduação, que saltou de 2.173 em 2000 para 16.328 em 2010, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão do Ministério da Educação (MEC).

Os dados incluem pessoas com todo tipo de deficiência, como visual, auditiva e intelectual. A maioria (cerca de 10 mil) estuda na rede privada. Na educação básica (ensinos infantil, fundamental e médio), havia 808 mil pessoas com necessidades especiais matriculadas em escolas especiais e regulares em 2010, de acordo com o Inep. A maioria estudava em classes comuns do ensino regular (526 mil). Em classes especiais dentro de escolas regulares, estudavam 54 mil alunos e em escolas exclusivas especializadas, 227 mil pessoas.

O MEC tem estimulado que crianças e adolescentes com deficiência frequentem o ensino fundamental e médio em uma escola regular e tenham aulas de apoio em escolas especializadas ou em salas multifuncionais. Porém, no Rio, segundo o sindicato de professores e pais de alunos, ainda há professores sem o treinamento adequado para dar aula para pessoas com deficiência em turmas regulares (onde também estudam pessoas que não têm deficiência).

- Muitos profissionais não têm nenhum tipo de formação para atender alunos com deficiência, nem de Libras (língua brasileira de sinais), nem de nada. Então o que acontece é a exclusão e não a inclusão - afirma a professora e coordenadora na capital do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, Susana Gutierrez.

Comento: A inclusão de qualquer aluno com deficiência motora ou de aprendizado pressupõe a existência de um corpo docente especializado, que conte no mínimo com mais uma professora por sala, ou professora assistente, psicopedagogos, psicólogos e pedagogos especializados em educação inclusiva. Onde há normas reguladoras para essa necessária, mas complicada inclusão? A reportagem sinaliza que o MEC tem estimulado que crianças e adolescentes com deficiência frequentem o ensino fundamental e médio em uma escola regular e tenham aulas de apoio em escolas especializadas ou em salas multifuncionais, mas da mesma forma que é legítimo concluir que há dispositivos legais que tratam da matéria e regulam a demanda, conclui-se também e sem dificuldade que essa normas não disciplina a oferta, nem de longe tangenciam as rotinas da educação particular, em função principalmente da omissão quanto ao repasse de verbas para treinamento e capacitação, bem como omitem o modus operandi dessa pretensa inclusão. Continuamos falando em libras com o poder público e este, por conseguinte, continua lendo as mensagens da iniciativa privada em braille.

1 comentários:

Neto Mota disse...

Parabéns pelo blog!!!
já estou te seguindo...
gostaria de deixar o meu novo blog http://professornetomota.blogspot.com/
para que possamos trocar ideias e informações,e assim lutarmos juntos por uma educação publica de qualidade...
grato...


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